ESCOLA PARA POBRE DEVE SER RICA – Rinaldo Barros

“Ser culto é a única maneira de ser livre”. (José Marti, 1853-1895)

Sei (?) que o caro leitor compreende (?) a importância e o alcance de sua missão, aqui e agora, no Planeta. E relembro que, na história da Humanidade, algumas transformações importantes somente ocorreram porque uma determinada pessoa estava no lugar certo, e no momento certo.

A premissa desta minha ousadia se prende à constatação histórica de que as regiões com maior desenvolvimento são aquelas que fizeram e fazem maiores investimentos em prol da Educação de qualidade.

Estas afirmações óbvias, caro leitor, formam um pano de fundo para trombetear que o Rio Grande do Norte já possui potencial e mecanismos capazes de alavancar o seu desenvolvimento e, melhor ainda, com excelente capital humano, nas universidades e fora delas, pronto para ser convocado.

Sei que você sabe que a Educação não pode ser um projeto de governo ou um projeto de partido, mas um projeto da sociedade, um projeto de Nação.

É imprescindível voltar a transmitir valores universais para nossos jovens, à luz da igualdade de oportunidades, pluralismo de idéias e concepções, valorização e resgate moral do papel do professor e vinculação da escola ao mundo do trabalho. Mas, é fundamental transformar não apenas a vida do aluno tornando as escolas divertidas e prazerosas, mas todo o seu espaço de convivência. Que haja, no quintal de cada escola, uma horta ou um pomar, à chuva e ao sol, onde cada estudante plante uma árvore.

Governantes! Urbanizem os espaços degradados, emprestando-lhes vida digna.

É igualmente imprescindível adotar a educação científica em todas as escolas, a exemplo da inovadora Escola Alfredo Monteverde (Cidade da Esperança (em Natal) e Macaíba), integrante das linhas de ação do Instituto Internacional de Neurociências de Natal (IINN), já em pleno funcionamento, sob a coordenação da pedagoga Dora Montenegro, o que coloca o Rio Grande do Norte no mapa da ciência mundial, através do trabalho competente do cientista Miguel Nicolelis.

Depois de dominar o sistema de escrita, as crianças devem ser estimuladas a ler para compreender o mundo e a ter mais responsabilidade na melhoria dos seus próprios textos.

Aprendamos com essa experiência, para servir ainda mais ao desenvolvimento da população.

Tenho certeza (?) que a Agenda da Educação do atual Governo vai investir forte no novo modelo de alfabetização, na construção de escolas-padrão e novos centros de ensino integrado à educação profissional, instalação de mais bibliotecas e laboratórios, com a valorização dos professores, além de implementar totalmente o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos professores.

Sei (?) que aumentarão os investimentos na qualificação dos professores, oferecendo formação continuada; e que o Governo vai premiar com o 14º salário os professores que se destacarem no compromisso de melhorar a qualidade da educação pública.

Todavia, caro leitor, falta também praticar um modelo de gestão que assegure a elevação do padrão de qualidade da educação, com base no compartilhamento e co-responsabilidade, através de contrato público entre a Secretaria de Educação e a direção de cada escola, assegurando incentivos por meta atingida para reduzir a evasão e a repetência, na busca da qualificação da força de trabalho jovem; levando por todos os cantos, a esperança em forma de capacitação, atualização e aperfeiçoamento para todos.

Não se deve perder de vista que a luta pela superação dos problemas do desemprego, da exclusão, da pobreza e das desigualdades sociais, precisa levar em conta as intervenções governamentais no campo da Tecnologia da Informação. Vide exemplo do Instituto Metrópole Digital (IMD).

Penso que é indispensável nos apropriar da Tecnologia de Informação para construir redes solidárias, que articulem experiências e práticas testadas historicamente, construindo para a nossa terra uma alternativa humanizadora, inclusiva, democrática e cidadã.

Falo também do Ensino a Distância (EAD), falo de e-governo, o governo eletrônico, o governo inteligente, onde o governante estará conectado permanentemente com seus auxiliares, com prefeitos, com outros níveis de governo e com o Terceiro Setor, em tempo real.

O ciberespaço pode proporcionar uma das características mais fundamentais da vida de uma sociedade, a saber, a possibilidade de anulação das distâncias entre os ocupantes: a anulação da distância simbólica, pela comunicação eficaz sob forma digital.

Resumo da ópera: escola para pobre deve ser rica. De estímulos e recursos.

Esta é a oportunidade de agir de mãos dadas com a libertação do nosso povo, como queria Marti.

Rinaldo Barros é professor – rb@opiniaopolitica.com

As opiniões emitidas são de responsabilidade dos colaboradores
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