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Escolas públicas do RN terão mini usinas de energia solar para aulas práticas do Ensino Médio

Escolas públicas localizadas em 12 municípios do Rio Grande do Norte serão transformadas, a partir do primeiro semestre deste ano, em “laboratórios práticos de ensino” onde conceitos de física, geografia e matemática serão aprendidos com a ajuda de mini usinas de geração de energia solar.

O projeto-piloto, chamado de “Escolas Solares”, será desenvolvido pelo Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e terá investimento de R$ 1 milhão para implantação de usinas como laboratórios didáticos.

A estimativa é que mais de 1.500 estudantes do Ensino Médio sejam beneficiados, mas o número poderá aumentar ainda este ano.

Também haverá a capacitação de professores durante o processo e a elaboração de uma cartilha para auxiliar a realização das aulas. Os recursos para desenvolvimento das atividades são provenientes de uma emenda parlamentar do senador Jean-Paul Prates (PT), idealizador da proposta. O investimento será viabilizado por meio de convênio firmado na semana passada com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

“Trata-se de uma iniciativa em que vamos montar unidades geradoras de energia para, mais do que ajudar na conta de luz, fomentar a educação, deixar nessas escolas uma cultura de energia mais limpa, que seja usada de forma transversal no aprendizado dos alunos”, conta o diretor do Instituto, Rodrigo Mello.

O projeto terá largada ainda neste semestre, com a compra de equipamentos, capacitação das equipes envolvidas e instalação das primeiras usinas. O início dos experimentos com os alunos dependerá de calendários elaborados pelas próprias escolas.

O objetivo é usar as mini usinas de geração para aumentar a conscientização quanto ao uso racional de energia e reforçar a importância da sustentabilidade, em um momento de forte expansão do setor de energias renováveis e em que países do mundo inteiro, inclusive o Brasil, têm de aumentar a segurança energética e cumprir metas ambientais.

“Os professores poderão se utilizar da usina fotovoltaica para as aulas do cotidiano, levantar o debate sobre sustentabilidade com os estudantes e estimular, quem sabe, a formação de uma geração de profissionais que venham a atuar no setor de geração de energia solar, que tem crescido bastante no nosso estado e que precisa de mão de obra qualificada para o desempenho das atividades relacionadas a ele”, observa o senador Jean-Paul Prates.

O coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do ISI-ER, Antonio Medeiros, reforça a intenção de despertar o interesse dos jovens para especialização na área, assim como por cursos de ciências e engenharia. “Essa é uma realidade que podemos mudar. E uma das vantagens de fazer isso é a possibilidade de sermos não só grandes geradores de energia, mas também formadores de mão de obra de qualidade e até exportadores desses talentos”.

Fonte: g1rn

Ponto de Vista

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