EVOCANDO O FEBEAPÁ –
Não me canso de relembrar o Escritor Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta, com o seu FEBEAPÁ – Festival de Besteira que Assola o País, (1ª edição – dezembro de 1966 e FEBEAPÁ 2, dezembro de 1967).
O besteirol tem aumentado muito nos dias atuais. Há muito mais besteiras hoje, do que na época de Stanislaw Ponte Preta.
Nunca ri tanto, como com esse episódio da Baleia Jubarte X Ex-Presidente. Tenho certeza de que se essa baleia pudesse falar, ela absolveria o Ex- Presidente de todos os pecados a ele atribuídos por causa dela. Ela se sentiria vaidosa de ser alvo de tão importante polêmica, envolvendo um homem inteligente, e admirador das belezas naturais do Brasil e um motonauta admirável.
As baleias-jubarte são conhecidas por habitarem principalmente águas oceânicas e costeiras em todo o mundo. Seu “habitat” natural inclui regiões tropicais, subtropicais e temperadas, onde podem ser encontradas em mares, oceanos e até mesmo estuários.
A suposta importunação de uma baleia jubarte, pelo Ex-Presidente, foi manchete de jornal. O fato teria ocorrido em junho de 2023, em São Sebastião, no litoral paulista. Na época, vídeos publicados nas redes sociais mostraram que, de Jet Ski, com o motor ligado, o suposto importunador se aproximou de uma baleia-jubarte, no momento em que ela aparecia na superfície da água, chegando a ficar a menos de 15 metros de distância do animal.
Uma portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) , no entanto, proíbe embarcações com motor ligado a menos de 100 metros de qualquer baleia. No local não há nenhuma sinalização, cartaz ou bandeira, alertando os motonautas para a distância que existe entre eles e o “habitat” das baleias-jubarte.
A defesa do suposto importunador alegou: “Você não consegue controlar um animal daquele tamanho que surge; ele emerge da água, de baixo. Foi exatamente o que aconteceu. O suposto importunador tomou todas as precauções ao avistar a baleia, sem saber a que distância se encontrava dela.
O Ministério Público Federal abriu o processo de investigação em novembro do ano passado. A apuração vai definir se houve desrespeito à lei que proíbe “qualquer forma de molestamento intencional ” ou a importunação de baleias. A punição prevista é de dois a cinco anos de reclusão e multa.
Mais um caso hilário, provocado pela perseguição, digno de integrar o FEBEAPÁ (Festival de Besteira que Assola o País, se vivo fosse Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta).
No hemisfério sul, o principal alimento das baleias jubarte (Megaptera novaeangliae), da subordem Mysticeti, é o krill – um pequeno crustáceo semelhante ao camarão.
Enquanto isso, no hemisfério norte, as jubartes se alimentam de cardumes de peixes, como anchovas, bacalhau, lança-areia e capelim, de acordo com o site do Serviço Nacional de Pesca Marinha dos Estados Unidos.
O possível importunador da baleia jubarte tem uma alma nobre. Ao invés de estar curtindo os finais de semana atracado com uma garrafa de cachaça, se presta a exercitar sua habilidade de motonauta, no seu Jet Ski, filmando com o seu celular as belezas naturais litorâneas. Não é um homem comum e sim um predestinado, a começar pelo nome de Batismo..
Relembrando o FEBEAPÁ (Festival de Besteira que Assola o País, de Stanislau Ponte Preta, pseudônimo do saudoso Sérgio Porto- 1ª Edição – 1966 – Febeapá 2 – 1967 – EDITORA SABIÁ), vemos que as besteiras de hoje superam as besteiras de antigamente.
Certo dia, correu o boato de que estavam conspirando contra o Estado Democrático de Direito, com a intenção de dar um golpe. A conspiração acontecia no domicílio de um Coronel.
Uma situação dessa quando vasa, vai um carro verificar a denúncia, para lavrar um flagrante. O carro, então, é uma viatura policial.
Pois bem. Espalhou-se a notícia de que uma conspiração de golpe estava sendo tramada no domicílio de um Coronel. Logo uma viatura se deslocou para dar uma incerta no endereço do tal Coronel, conforme informação colhida.
O caso ficou de boca em boca, com conotação de mistério. O suspense era grande.
E foi preparado o flagrante, para apanhar os conspiradores em ação. O que interessava aos agentes policiais era dar o flagrante e prender os conspiradores todos de uma vez. Essa notícia iria ser manchete de jornal.
A conspiração (reuniões), segundo a denúncia, começava por volta das 10 horas da noite e terminava de madrugada.
Várias pessoas de aparência suspeita entravam no edifício e lá ficavam, fazendo o silêncio mais constrangedor que se podia imaginar. As luzes permaneciam acesas, e quem estava de fora pressentia que o apartamento estava cheio de gente, mas os sons discretos que vinham de dentro não coincidiam com esses detalhes. Eram palavras quase murmuradas.
A viatura policial chegou de mansinho, encostou na outra esquina, para não ser identificada, e os componentes da patrulha desceram para cercar o domicílio. Foi tudo muito fácil, pois os conspiradores nem sequer tinham tomado providências contra um possível flagrante. O militar que chefiava a turma subiu ao andar onde o Coronel tinha domicílio certo, e protegido pela sua metralhadora, bateu na porta devagarinho, para que não desconfiassem. Abriram a porta e lá dentro estavam vários casais jogando biriba.
Nunca houve coisa mais ridícula do que este fiasco de flagrante, querendo encontrar cabelo em ovo, e maldade onde não existia.
Atualmente, não há coisa mais forjada e abominável, do que minuta de golpe, para perseguir e prejudicar um homem de bem. Um episódio digno de integrar o FEBEAPÁ (Festival de Besteira que Assola o País – Stanislaw Ponte Preta – Sérgio Porto).
Voltando à Baleia:
A Baleia sempre foi o mais veloz e comilão animal do mar. Comia tudo o que via em sua frente. Nadava mais do que todos os outros peixes.
Diz Luís da Câmara Cascudo (Contos Tradicionais do Brasil – página 273) que, certo dia, uma moça devota de Santo Antônio ia rezando com uma imagem desse santo casamenteiro, pedindo que o navio entrasse logo na barra. De repente, a imagem caiu no mar. A Baleia abocanhou Santo Antônio, mas ficou engasgada. Quanto mais se engasgava, mais a goela ficava estreita.
Santo Antônio desapareceu e a Baleia ficou, até hoje, só engolindo sardinhas e peixes miudinhos.
Também diz a lenda, que Nosso Senhor Jesus Cristo, como castigo, torceu o rabo da Baleia. Por isso, ela nada mais devagar e é o único peixe que tem a barbatana do rabo virada para baixo, batendo água de baixo para cima, e não da direita para a esquerda, como todos os viventes da água.
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