Pescatore é ex-militar e foi preso na quarta-feira (7). Ele era investigado após ser identificado como um Reichsbürger (“cidadãos do reich”), grupo que nega a existência da República Federal da Alemanha como Estado e seu sistema legal. Segundo as autoridades, eles planejavam uma invasão violenta do Parlamento alemão e foram presos.
O extremista chegou ao sul do Brasil em 2016. Antes disso, havia passado por outros dois estados, São Paulo e Rio Grande do Norte.
De acordo com uma pessoa próxima à família, que preferiu não se identificar, ele morou no Vale do Itajaí com a esposa, a filha, o genro e os netos.
Pescatore fixou residência em um sítio na região do Encano, em Indaial. A filha seguiu para Pomerode, a cerca de 30 quilômetros de distância.
Apesar de já ter voltado à Alemanha, o ex-militar tem empresas abertas em Santa Catarina. Em Pomerode, a empresa é uma consultoria empresarial, localizada em uma casa no Centro onde familiares teriam morado até 2020.
A segunda, de painéis de energia solar, fica em Blumenau. O local funciona em uma sala comercial na Rua XV de Novembro, também na região central. O portal g1 tentou contato nas empresas, mas as duas estão com os telefones desativados.
Presos 25 suspeitos de integrar grupo terrorista
A prisão dos 25 suspeitos de integrar um grupo terrorista de extrema direita apontado por tentar derrubar o Estado alemão aconteceu na quarta-feira (7) durante uma operação em todo país europeu. Um soldado ativo e vários reservistas estão entre os investigados.
O foco do recrutamento foi principalmente membros das forças armadas e policiais. As buscas foram conduzidas por mais de 3 mil policiais e forças de segurança em 11 estados alemães.
Os suspeitos foram presos nos estados de Baden-Wuerttemberg, Baviera, Berlim, Hesse, Baixa Saxônia, Saxônia, Turíngia, bem como na Áustria e na Itália, disse o escritório.
Fonte: G1