O ex-policial militar João Maria da Costa Peixoto, mais conhecido como João Grandão, é suspeito de fazer a escolta da carga de cigarros contrabandeados que foi apreendida em uma operação da Polícia Civil e da Receita Federal na quarta-feira (18) em Monte Alegre, no interior do Rio Grande do Norte.
A afirmação é do delegado da Receita Federal Wyllo Marques. Segundo ele, o ex-policial militar João Grandão teria sido um dos que efetuou disparos contra agentes de segurança na operação.
“A polícia está fazendo a investigação, mas o que se sabe até agora é que ele [João Grandão] estava na escolta e que ele foi um dos que efetuaram disparos contra os agentes da segurança”, disse.
“Notadamente o Rio Grande do Norte faz parte dessa rota porque é um estado com um litoral muito grande e com a quantidade de mangues muito grande, onde facilita o desembarque das embarcações”, explicou o delegado da Receita Federal.
Cerca de 70% do preço do cigarro no Brasil é composto por impostos. No Paraguai, essa tributação é de cerca de 17%. Por isso, explicou o delegado, o país vizinho é o escolhido pelos traficantes para que haja o contrabando do produto.
A maior parte desses cigarros contrabandeados, explicou o delegado Wyllo Marques, é vendido na periferia.
“Há uma falta de informação muito grande da população, que às vezes sequer sabe que está consumindo o contrabandeado. Esse cigarro é vendido basicamente na periferia, ele custa muito abaixo do valor do cigarro do mercado, porque a carga tributária no Paraguai é muito pequena em comparação com a nossa”, disse.
Ex-PM baleado
A família de João Grandão foi procurada pela Inter TV Cabugi, e afirmou que recebeu a informação de que o ex-policial militar alegou ter sido baleado em um assalto, enquanto ia a um farmácia.
O ex-militar acabou detido por força do mandado de prisão aberto e foi instalado na ala de presos da unidade de saúde.
Fonte: G1RN