O ex-procurador da República Marcelo Miller, auxiliar próximo de Rodrigo Janot que deixou o Ministério Público neste ano para atuar em um escritório de advocacia que atende ao grupo J&F – controlador da JBS – teria enviado “extensa mensagem” para a empresa quando foi deflagrada a Operação Carne Fraca, no dia 17 de março.
Naquele momento, Miller estaria tentando “justificar a situação” que teve a JBS como um dos principais alvos da Polícia Federal. Como informou o blog nessa segunda (5), o ex-procurador poderá responder pelo crime de exploração de prestígio, previsto no Código Penal.
Miller deixou o Ministério Público neste ano para atuar em um escritório de advocacia que atende a JBS, mas seu nome aparece em áudio gravado por executivos da empresa quando ele ainda era procurador da República. Na conversa, a suposta mensagem sobre a Carne Fraca teria sido citada.
A Procuradoria-Geral da República investiga se os delatores da JBS, entre eles o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, foram ajudados pelo ex-procurador na elaboração de anexos da delação premiada da JBS, uma das mais importantes da Lava Jato.
Em nota enviada à TV Globo, Marcello Miller disse que tem convicção de que não cometeu qualquer crime ou ato de improbidade administrativa e informa que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos.
Fonte: blog do Matheus Leitão