A FÁBRICA DE CHINESES NO RN –
Circulou na imprensa a informação de que seria instalada no estado do Ceará, a tão propalada fábrica de Painéis solares, anunciada após recente viagem de comitiva oficial à China, como destinada (e acertada) para o RN.
O Diário do Nordeste, que circula em Fortaleza, divulgou essa notícia.
Entretanto, o Governo do Estado do RN, através de nota oficial, apressou-se em desmentir e esclareceu que a fábrica de painéis solares que será instalada no segundo semestre deste ano no CE não é a empresa chinesa Chint, visitada pelo governador Robinson Faria em missão comercial na China, em fevereiro deste ano.
Ao final do comunicado, o governo potiguar tranquiliza a todos, afirmando categoricamente, que a fábrica virá mesmo para o nosso Estado.
Excelente a informação divulgada pela assessoria do governo do RN, ao confirmar, portanto, a vinda definitiva dessa fábrica, com investimentos chineses.
Quem analisa a cena política e econômica local deduz que no nordeste os chineses participarão da implantação duas fábricas de painéis solares, em estados vizinhos.
Uma no Ceará. Outra no RN.
Fato economicamente curioso, porém verdadeiro.
No Ceará, a produção se inicia fim de agosto, ou início de setembro.
O empreendimento é de R$ 150 milhões e pertence à Sunlight Energy Brasil, do empresário Clayton Medeiros.
A expectativa é de que, até o fim deste ano, a empresa cearense fature aproximadamente R$ 90 milhões.
Outra informação veiculada no Diário do Nordeste, de Fortaleza, é que o Ceará já encaminha pedido de instalação de uma área de livre comércio (ZPE) em seu território, com a previsão de que a implantação comece em 2018.
Seria igualmente salutar se o governo do RN também anunciasse que está lutando por uma zona econômica especial, a instalar-se no “Grande Natal”.
Isto porque, a nossa vocação econômica inegável e cristalina é de ser um polo exportador avançado nas Américas, inclusive ativando o comércio com o Canal do Panamá, que permitiria o acesso a países integrados na Aliança do Pacífico (envolve mais de 300 milhões de consumidores potenciais), em fase de consolidação.
Só não enxerga quem não tenha visão global de futuro.
A posição geográfica privilegiada do Estado (o mais próximo nas Américas da Europa e África) tem sido reconhecida, desde a construção do Forte dos Reis Magos no século XVI (para evitar a invasão dos franceses), até a escolha de Parnamirim como Trampolim da Vitória, no século XX (para deter o avanço de Hitler).
No século XXI, a área de livre comércio (ZPE) seria a vez do aproveitamento econômico desse posicionamento geográfico estratégico, através da implantação em nosso território de um polo exportador e turístico, sem dúvida o mais abrangente e promissor da América Latina.
O governo federal teria que ser convencido, com estudos e dados incontestáveis, de que essa proposta contribuiria para o avanço do comércio exterior e aumento das divisas, contribuindo para a estabilidade da economia nacional, num momento de crise como vivemos.
Roraima em 2008 conseguiu a única área de livre comércio do país, até hoje.
O argumento à época foi de que Roraima se localizava na maior fronteira terrestre do Brasil.
O “Grande Natal”, no RN, é a mais extensa fronteira aérea e marítima da América Latina, em relação à Europa, África e o próprio Estados Unidos.
Com muito maior razão se justificaria, portanto, a instalação em nosso estado de uma ALC (Área de Livre Comércio), já que as ZPEs foram substituídas por esse mecanismo econômico, desde o início da globalização.
Bem!
O autor do artigo para por aqui!!!!
Há mais de quinze anos defende essa área de livre comércio (ZPE) para o RN.
Aqueles que decidem sempre fizeram ouvido de mercador.
Certamente, o atual governo estadual também fará o mesmo…
Não adianta falar no deserto!
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