Pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) encomendada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indica que 86% dos internautas brasileiros têm algum tipo de preocupação com o conteúdo falso em mensagens chamadas de “fake news”.
De acordo com o levantamento, divulgado nesta quinta-feira (1º),
- 54% dos entrevistados se dizem “muito preocupados”;
- 32%, “pouco preocupados”;
- Para 12%, as fake news não preocupam;
- 2% afirmaram que não sabiam ou não responderam.
Entre os últimos dia 17 e 22, a pesquisa ouviu 3 mil pessoas com mais de 16 anos com acesso à internet em todas as regiões do país. A margem de erro máxima estimada é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos, com nível de confiança de 95,5%.
Os percentuais que não totalizam 100%, segundo o levantamento, são decorrentes de arredondamento dos decimais ou de múltiplas alternativas de resposta.
Com relação à checagem do conteúdo,
- 51% dos entrevistados disseram que sempre checam;
- 39% afirmaram que checam às vezes;
- 7% nunca checam.
A maioria dos entrevistados também afirmou que as autoridades não fazem esforços suficientes para combater as notícias falsas na internet e nas redes sociais.
Ao analisar a relação do internauta com as fake news, o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) afirmou que as mudanças de atitude são precedidas por mudanças de percepção, que nesse caso, já estariam em curso.
“A conjuntura das eleições municipais deste ano será uma excelente oportunidade para checar o quanto essa conscientização sobre os males das fake news se transformará em comportamento efetivo”, disse Lavareda.
Confiança
Segundo a pesquisa,
- 67% dos entrevistados afirmaram que não confiam em informações difundidas por meio do WhatsApp.
- 60% afirmam que não confiam em informações de redes sociais;
- 43% dizem que não confiam em informações divulgadas em sites e blogs da internet.
Dependência
A pesquisa perguntou aos entrevistados sobre a dependência deles da internet:
- 87% responderam que não conseguiriam viver ou sentiriam muita falta da internet;
- 34% não conseguiriam viver sem internet;
- 53% sentiriam muita falta da internet;
- Para 8%, seria indiferente viver sem internet;
- 8% dizem que viveriam melhor se não existisse internet
- 1% não sabe ou não respondeu.
Pandemia
De acordo com o levantamento,
- 35% pretendem usar mais a internet após a pandemia do novo coronavírus;
- 55% disseram que pretendem usar do mesmo jeito;
- 9% disseram que querem usar menos.
Fonte: G1