Todos os 580 postos de combustíveis do Rio Grande do Norte não tinham pelo menos um tipo de combustível no estoque, na manhã desta quarta-feira (30). A informação é do presidente do sindicato que representa os donos de postos do Rio Grande do Norte (Sindipostos), Antonio Sales. De acordo com ele, desde que a greve começou, apenas 80 caminhões conseguiram chegar à região metropolitana da capital pra abastecer os estabelecimentos.

Esse número é bem abaixo do que é previsto para o período. Em circunstâncias normais, por dia, cerca de 110 caminhões que deixam Guamaré, onde ficam localizadas a refinaria Clara Camarão e as distribuidoras que compram o combustível da companhia para vender aos postos.

Em um dos postos visitados pela equipe da Inter TV Cabugi, na marginal da BR-101, no bairro Candelária, Zona Sul de Natal, o único combustível disponível era a gasolina comum. O litro era vendido a R$ 4,54 à vista. O pintor Ramiro Pinheiro aproveitou para abastecer.

O frentista contou que ontem o posto recebeu 9 mil litros de gasolina, que devem durar só até a tarde desta quarta-feira (30). Em outro posto também na BR-101, também só havia gasolina comum, vendida a R$ 4,59. O estoque de álcool, gasolina aditivada e diesel estava zerado.

Segundo o Sindipostos, o Rio Grande do Norte tem 580 postos, sendo 100 somente na capital. Porém a entidade não tem o levantamento de quantos postos estão com estoque totalmente zerado, mas diz que o cenário pode se agravar se as rodovias não forem desbloqueadas.

Mesmo com o desbloqueio para passagem de caminhões na BR-406, que liga Guamaré a Natal, Antonio Sales afirmou que é necessário a liberação de outras estradas, como é o caso da BR-101, que é por onde passam carregamentos de álcool anidro, por exemplo, que vem de outros estados. Esse material é misturado pelas distribuidora à gasolina pura, antes de chegar aos postos.

O economista Welligton de Oliveira gastou quase R$ 200 para encher o tanque durante a manhã, quando encontrou um postos com gasolina. “A tendência é cada vez piorar. Só estou abastecendo pra não ficar a pé”, considerou.

O funcionário público Franklin Souza contou que estava com o tanque do carro na reserva desde a semana passada, mas não encontrava gasolina para abastecer. “Esses posto mesmo não tinha nada ontem. Hoje tem um pouquinho”, disse.

“Gasolina a R$ 4,59 ninguém merece. Está fora da nossa realidade”, considerou o gerente de vendas Eider Fernandes.

Fonte: G1RN

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