Os bebês que nascem nas maternidades públicas de Natal estão saindo do hospital sem a vacina de Hepatite “B”, que está com o estoque zerado em todas as unidades de saúde do município desde o começo do ano. Segundo a  Coordenação Epidemiológica do Município de Natal, além dessa, a vacina que previne a Tuberculose, conhecida como BCG – obrigatória para recém-nascidos – está com a quantidade suficiente apenas para as próximas semanas. Na rede privada, as vacinas custam, em média, R$ 120,00.

De acordo com a Coordenação Epidemiológica do Município de Natal, as vacinas fazem parte do grupo de 21.674 mil pedidos de cinco tipos de doses solicitadas para janeiro deste ano, que não tiveram o envio autorizado pelo Ministério da Saúde à capital potiguar.  A coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Natal, Aline Bezerra, alerta que o desabastecimento pode atingir seis maternidades de Natal caso o problema não seja resolvido até o final do mês.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica esclareceu que um dos fatores que geram a carência das vacinas é a crise financeira que vive o país.  “Iniciamos 2016 com uma dificuldade de aquisição da BCG, recebíamos em média 4 mil doses e passamos a receber 800. Diante da dificuldade, priorizamos as crianças de famílias que residem em Natal. Soubemos que está faltando matéria-prima para produção, mas no caso de outras vacinas, sabemos que falta verba para pagar os laboratórios”, disse ela.

Caso o envio das vacinas  contra Hepatite “B” e Tuberculose (BCG) são sejam enviados, seis unidades de saúde seriam afetadas em Natal. O Hospital e Maternidade da Mulher Leide Morais e Santa Catarina, na zona norte, a Maternidade escola januário cicco, em zona leste, Maternidade e Unidade Mista Felipe Camarão e Maternidade das Quintas, localizados na zona oeste. Em 2015, nasceram em média 554 bebês vivos no total dos hospitais citados.

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte explicou que  o pedido mensal referente a janeiro, que deve abastecer  seis unidades regionais de saúde – São José de Mipibu, Mossoró, João Câmara, Caicó, Santa Cruz e Pau dos Ferros – e a Grande Natal, foi feito mas não foi recebido ainda. O Coordenador estadual de imunizações, Fernando Jackson disse não ter como  como repassar se haverá falta de alguma vacina este mês.  “O pedido foi feito em 16 de dezembro, ainda estamos aguardando uma resposta”, afirmou.

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