A geração que transformou o futebol brasileiro em um esporte nacional foi exatamente a que “treinava” em campinhos de futebol de várzea e de rua. Nosso maior exemplo foi o Rio de Janeiro, pois São Paulo veio depois com a mudança da capital do país para Brasília havendo, portanto a criação do parque industrial automobilístico em São Paulo retirando do Rio de janeiro a “riqueza” da velha capital Federal.
Flamengo, Botafogo, Fluminense e Vasco eram os times nacionais de maior torcido e como consequência vimos surgir o Maracanã trazendo a Copa do Mundo de futebol para o Brasil em 1950, disputada a final no Maracanã, e esse futebol serviu de modelo para todo o país.
Na década de 1950 começamos nossa caminhada para sermos considerados o país do futebol. A partir de 1964, começamos um processo de urbanização e as capitais do país cresceram ou incharam (não sei dizer qual dos dois) e com isso começou a destruição dos campos de várzeas, dos campos de subúrbio, a nossa verdadeira “fábrica” de produzir excelentes jogadores, os nossos grandes craques. Pelé, Didi, Nilton Santos, Garrincha, para não citar mais uma dúzia de tantos outros excepcionais jogadores.
O grande craque Didi e sua mulher Guiomar eram para os amantes do futebol o verdadeiro casal e o mais importante do país. Ah, que tempo bom! Ora, posso dizer também que aqui entre nós no Nordeste tínhamos também vários campinhos e era onde as crianças podiam jogavam tardes inteiras. Nosso Juvenal Lamartine de antigas recordações, talvez fosse a nossa ultima grande solução para o nosso futebol.
Por que as nossas autoridades não recuperam o antigo estádio de futebol e o transforma em um celeiro de novos craques? Por que não criam vários times infantis e promovem torneios? Penso que o bairro de Mãe Luiza tão infestado com crimes e drogas poderia ser beneficiado ao lado de tantos outros bairros de periferia.
Penso que o velho Juvenal Lamartine pode ser o melhor antídoto ao tóxico. Entre uma bola de futebol e uma trouxinha de maconha os governos parecem optar pela maconha. Hoje nem construímos estádios e nem construímos presídios. Só Deus poderá ajudar no nosso caso!
Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário – adautomedeiros@bol.com.br
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