Há seis anos, Sean morreu de uma overdose acidental por fentanil em Burlington, no Estado de Vermont. Ele tinha 27 anos.
“Cada vez que ouço falar de uma perda devido ao abuso de substâncias, meu coração se parte um pouco mais”, escreveu a mãe dele, Kim Blake, em um blog dedicado ao filho.
“Mais uma família despedaçada. Sempre de luto pela perda de sonhos e celebrações.”
“Os legistas veem pessoas com overdose que morreram por causa de cocaína, crack e vestígios de fentanil”, diz ela.
“Isso está infiltrado na comunidade negra e não há gente suficiente falando sobre o assunto.”
O abuso de fentanil em combinação com outras drogas marca o início de uma “quarta onda” da crise nos EUA, avaliam os pesquisadores.
A primeira onda de overdoses aconteceu no final dos anos 1990, com mortes por opioides com prescrição médica. Em 2010, houve uma segunda onda de overdoses, dessa vez causadas por heroína. E em 2013, surgiu uma terceira onda, graças à proliferação de drogas ilícitas análogas ao fentanil.
Especialistas como a professora Shover alertam que as opções de tratamento para a quarta onda não acompanham a demanda.
“Nosso sistema de tratamento contra dependência geralmente se concentra em uma droga de cada vez”, conta ela.
“Mas a realidade é que muitos usuários usam mais de um tipo de droga.”
Para manter viva a memória de seu filho, Blake decidiu falar abertamente sobre a perda e tenta ajudar outras famílias a passar pela mesma dor.
“Todo mundo tem uma história e, para um pai que perdeu um filho, isso dura para sempre”, diz ela.
Seu filho fez tratamentos contra dependência algumas vezes.
A experiência ensinou à Blake que as opções terapêuticas variam de Estado para Estado e, em muitos casos, o que está disponível não é suficiente.
“O ideal seria que as pessoas recebessem tratamento rapidamente, sempre que quisessem e a longo prazo”, destaca ela.
Blake também sugere a criação de locais para a prevenção de overdose, onde as pessoas pudessem usar drogas com segurança e sob supervisão.
Esses lugares estão amplamente disponíveis no Canadá — que tem a sua própria crise de fentanil — mas existem apenas duas instalações do tipo nos EUA inteiro.
Acima de tudo, Blake apelou à compaixão e à compreensão para aqueles que lutam contra o uso de substâncias.
“A maioria das pessoas com quem converso dizem que seus filhos não queriam morrer.”
Fonte: BBC
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