Cena do filme 'Bacurau', de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles — Foto: Divulgação
Cena do filme ‘Bacurau’, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles — Foto: Divulgação

O filme brasileiro Bacurau, dos cineastas pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, está entre os selecionados para competir pela Palma de Ouro no Festival de Cannes 2019. O longa, que é estrelado por Sônia Braga, foi gravado no Rio Grande do Norte, nas cidades de Parelhas e Acari, Seridó potiguar.

Além de ter sido filmado no RN, Bacurau teve participação da comunidade local. As gravações terminaram em maio do ano passado. O filme está em fase final de edição, então deve fazer a sua estreia em Cannes. A equipe da dupla de cineasta está em Paris para concluir o trabalho.

Kleber Mendonça Filho também participou da competição em 2016, com o filme “Aquarius”, e falou sobre a nova indicação. “É incrível poder voltar a exibir um filme no Palais em Cannes, três anos depois daquele momento sensacional com Aquarius!”

“Esse é um trabalho de anos, feito com os colaboradores próximos de sempre e alguns outros novos. Creio que esse filme é o resultado da nossa relação com os filmes e as pessoas que amamos e que nos formaram, com Pernambuco, com o Brasil e com o mundo.”

Os brasileiros disputarão com outros 18 filmes, incluindo produções do espanhol Pedro Almodóvar e do canadense Xavier Dolan.

O que é Bacurau?

O filme é um “western brasileiro”. Bacurau é um pequeno povoado do sertão brasileiro. Dona Carmelita, mulher forte e querida, morre aos 94 anos. Dias depois, os moradores de percebem que a comunidade não está mais nos mapas. “Bacurau é um filme de aventura ambientado no Brasil daqui a alguns anos”, descrevem Mendonça Filho e Dornelles.

Sonia Braga, o alemão Udo Kier (“Suspiria”) e Karine Teles (“Que Horas Ela Volta?”) fazem parte de um elenco composto por dezenas de atores, como Barbara Colen (“Aquarius”) e Silvero Pereira.

“Bacurau” será lançado no Brasil no segundo semestre.

Indicados à Palma de Ouro em Cannes:

  • “The Dead Don’t Die”, de Jim Jarmusch (Estados Unidos), na abertura
  • “Dolor y gloria”, de Pedro Almodóvar (Espanha)
  • “O traidor”, de Marco Bellocchio (Itália)
  • “The Wild Goose Lake”, de Diao Yinan (China)
  • “Parasite”, de Bong Joon Ho (Coreia do Sul)
  • “Le jeune Ahmed”, de Jean-Pierre e Luc Dardenne (Bélgica)
  • “Roubaix, une lumière”, de Arnaud Desplechin (França)
  • “Atlantic”, de Mati Diop (França/Senegal)
  • “Matthias & Maxime”, de Xavier Dolan (Canadá)
  • “Little Joe”, de Jessica Hausner (Áustria)
  • “Sorry we missed you”, de Ken Loach (Grã-Bretanha)
  • “Les Misérables”, de Ladj Ly (França), obra-prima
  • “A hidden life”, de Terrence Malick (Estados Unidos)
  • “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (Brasil)
  • “The Gomera” (The Whistlers), de Corneliu Porumboiu (Romênia)
  • “Frankie”, de Ira Sachs (Estados Unidos)
  • “Portrait de la jeune fille en feu”, de Céline Sciamma (França)
  • “It must be heaven”, do Elia Suleiman (Palestina)
  • “Sibyl”, de Justine Triet (França)

 

 

Fonte: G1RN

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