Montanha Russa da Previdência – Impactos nos Investimentos
É indiscutível que no noticiário brasileiro, o principal assunto se chama “Reforma da Previdência” ou também podemos chamar de “Salvamento da Previdência”. As finanças públicas estão sendo consumidas com o elevado gasto da máquina pública e uma grande parcela deste déficit, é oriundo da nossa previdência social.
Há um consenso com todas as pessoas que converso, da real necessidade da aprovação de uma reforma da previdência, ou seja, é aprovar ou aprovar, temos outra opção? Não!!! Entretanto, a grande questão que devemos acompanhar é “Qual será o tamanho da economia que esta reforma irá gerar?” E a resposta está na mão dos nossos congressistas.
Economicamente falando, o ideal seria o valor que o nosso ministro Paulo Guedes sugeriu, o número mágico de R$1trilhão, com ele conseguiríamos iniciar a previdência com o modelo de Capitalização, onde cada integrante é responsável pela sua própria previdência.
Contudo, os nossos representantes de Brasília querem que a economia siga de maneira exemplar, ou querem que a economia siga patinando, para que na próxima eleição eles tenham condições de retornar ao poder?
Dito isto, retornemos ao nosso dia-a-dia e trabalhemos com os seguintes cenários e impactos:
- Cenário com aprovação – Uma aprovação satisfatória (economicamente falando) da reforma da previdência. Como consequência teremos uma elevada possibilidade de redução na taxa de juros e aceleração do crescimento econômico. Desta maneira o posicionamento dos investimentos deve ser em títulos pré-fixados de médio/longo prazo e títulos com maior grau de risco, como bolsa de valores.
- Cenário com aprovação diluída e/ou atrasada – Neste cenário teríamos impactos relevantes no curto prazo (atrasada) e no médio e longo prazo (diluída). E nos investimentos teremos uma alta expressiva na taxa de juros e uma queda acentuada da economia. Diante deste cenário, o posicionamento dos investimentos deve ser em títulos pós-fixados (CDI/SELIC) e em moeda estrangeira.
A única certeza que teremos é que precisamos pensar na nossa própria previdência, sem que ela fique sendo gerida por terceiros. Uma não aprovação, não teremos uma previdência no futuro e em uma aprovação, teremos uma postergação do início dos nossos benefícios ou seremos responsáveis por nossa própria previdência (regime de capitalização).
Enquanto o mar está revolto é que conseguimos vislumbrar oportunidades para quem quer tomar uma posição em caso de aprovação de uma reforma “satisfatória”, o momento é ideal para investir em títulos pré-fixados ou ações. E quem quer aguardar e ter mais clareza, há investimentos como fundos Multimercado Quantitativos e Long & Short, que conseguem extrair boas rentabilidades, podendo ser uma excelente alternativa para seus investimentos durante a montanha russa que estamos passando.
Guilherme Viveiros – Engenheiro Civil – UFRN, MBA – Gestão Empresarial – FGV e Sócio e Assessor Financeiro da WFlow Investimentos – [email protected]