Fundos e Operações Long & Short
Em virtude das incertezas com a aprovação do “Salvamento da Previdência”, os investimentos que de menor risco ganham destaque na busca por melhores rendimentos e menores custos e um deles são os Fundos de Investimentos que se utilizam das Operações Long & Short.
Essa é a principal estratégia do tomador do aluguel, que minimiza o risco do investimento. Fazer uma operação long & short significa vender uma ação que não possui (short) e, com o recurso da venda, comprar uma ação que você acredita que irá subir (long). Para que você realize essa operação, você precisará alugar a ação vendida a descoberto (quando você não tem o ativo) para entregar ao comprador. É uma operação que mantém uma posição vendida em uma ação e comprada em outra, para obter lucro quando a operação for liquidada, em virtude da distorção de mercado.
O primeiro passo para realizar a operação é escolher um par de ações em que a diferença de preços deva se modificar no futuro em função de algum evento. Normalmente, os pares mais comuns são montados com ações preferenciais (PN) e ordinárias (ON) da mesma empresa; com ações de um mesmo setor ou entre uma ação e um índice (por exemplo, contra o Ibovespa).
Após a escolha das ações, são efetuadas três transações simultâneas:
1º – Aluguel da ação – O primeiro passo é alugar a ação que deverá ser vendida. No momento do aluguel, você assinará um contrato onde se comprometerá a devolver o ativo e pagar um juro por um certo período. O valor do juro varia de acordo com o ativo escolhido.
2º – Venda a descoberto (Short) – Você realiza a venda da ação que alugou no mercado à vista.
3º – Compra da ação (Long) – Por fim, você compra ações, de acordo com a estratégia, no mercado à vista.
Depois de estruturada a operação, é preciso acompanhar a diferença de preços entre as duas ações. Quando o investidor atingir o objetivo traçado, a operação deve ser desfeita, ou seja, a ação comprada deve ser vendida e a ação que foi alugada deve ser comprada no mercado à vista a fim de devolvê-la a quem a alugou.
O Investidor consegue lucro com a operação em três situação, que serão citadas abaixo. E o prejuízo ocorre de maneira inversa ao apresentado abaixo.
- Quando a ação que comprou (Long) sobe e a ação que você vendeu a descoberto (Short) cai. Nesse caso, você vai vender a ação comprada a um preço mais alto e comprar, a um preço mais baixo, a ação que foi vendida para devolver ao doador.
- O investidor também ganha se a ação vendida a descoberto cair mais que a ação comprada. Neste caso, pense que você comprou a ação PETR3 por R$ 10 e manteve em carteira. Vendeu a ação PETR4 por R$ 15 e a alugou por R$ 0,30 para entregar ao comprador. Depois de um período a ação PETR3 caiu para R$ 8, porém PETR4 também desvalorizou, só que ainda mais: para R$ 11. Com isso, você perdeu R$ 2 na operação com PETR3 e gastou outros R$ 0,30 para alugar PETR4, mas havia ganhado R$ 15 com a venda desta última e só gastou R$ 11 para recomprá-la e entregar ao doador. Logo, o lucro na operação, sem contar impostos e corretagem, teria sido de R$ 1,70 (R$ 4,00 – R$ 2,00 – R$ 0,30).
- O investidor ainda ganha quando a ação vendida não cai, contanto que a comprada suba ainda mais. Pense que você comprou a ação PETR3 por R$ 10 e manteve em carteira. Vendeu a ação PETR4 por R$ 15 e a alugou por R$ 0,30 para entregar ao comprador. Depois de um período a ação PETR3 subiu para R$ 13, mas PETR4 também se valorizou: para R$ 17. Com isso, você ganhou R$ 3 com PETR3, perdeu R$ 2 com PETR4 e gastou R$ 0,30 com o aluguel. Sem contar impostos e corretagem, seu ganho foi de R$ 0,70 (R$ 3,00 – R$ 2,00 – R$ 0,30).
Os pares de Long & Short podem ser montados observando o comportamento gráfico das ações (quando há uma distorção no comportamento histórico de determinado par) ou também por fundamento, considerando algum evento específico para o papel (como a temporada de divulgação de resultados, por exemplo, quando há expectativa de que determinada empresa apresente números ruins e outra, números bem superiores). Normalmente, os pares com base em fundamento são formados com ações do mesmo setor.
Vantagens:
- O crédito do short (isto é, o recurso da venda a descoberto) será utilizado na compra do outro ativo (long). Você deve ficar atento no momento da estruturação, se você possui margem para garantia, visto que você ficará
- Você opera na distorção das cotações, aproveitando tanto a alta (ação comprada) quanto a baixa (ação vendida).
- É uma operação que pode ser realizada mesmo em momentos de indefinição do mercado, pois independe de seu direcionamento, já que o investidor pode aproveitar tanto a alta quanto a baixa.
Riscos:
- Assim como nas demais operações estruturadas, a bolsa exige o depósito de garantias para a realização da operação.
- Caso a operação inverta a tendência – ou seja, a ponta comprada caia e a ponta vendida suba – você pode precisar depositar ainda mais garantias e ter prejuízo.
- Antes de realizar a operação, é importante saber se o ativo que você deseja vender a descoberto (ou seja, que você precisará alugar) está disponível para aluguel.
Os investimentos através dos Fundos Multimercado Long & Short, possuem duas grandes vantagens frente a estruturação direta.
- Você pode aproveitar este tipo de investimento com montantes menores; e
- O risco, através dos Fundos Long & Short, são diluídos pois são realizadas diversas operações.
É possível realizar estes investimentos abrindo a sua conta através do link abaixo e ainda possuirá assessoria financeira personalizada através do link abaixo:
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Guilherme Viveiros – Engenheiro Civil com MBA em Gestão Empresarial pela FGV