A Organização Panamericana de Saúde trouxe ao Brasil fragmentos de material genético do novo tipo de Coronavirus que serão usados como controle positivo para aperfeiçoar o diagnóstico dos casos suspeitos da doença.
Esses fragmentos vão ficar com a Fundação Oswaldo Cruz com possibilidade de serem distribuído a outros laboratórios de referência. Até o momento as pessoas com suspeita da doença estão sendo colocadas em isolamento e passando por testes diferenciais para descartar outras infecções respiratórias, como H1n1 e a influenza e verificar a semelhança com outros tipos de coronavirus. A investigação é feita por laboratórios estaduais como o Evandro Chagas em São Paulo e Adolpho Lutz, no Paraná, mas as amostras também estão sendo enviadas para contraprova da Fiocruz.
A partir do recebimento do material, os resultados têm saído num prazo entre 48 e 72 horas.
De acordo com o pesquisador da Fiocruz, Fernando Motta, com o fragmento do vírus a investigação vai ganhar mais rapidez e confiabilidade.
Motta ressalta que os protocolos estão em constante aperfeiçoamento já que este tipo de infecção por Coronavirus começou a ser detectada há poucos dias e ainda está sendo estudada em todo o mundo, ainda assim a Fiocruz tem capacidade para responder à demanda por diagnóstico.
Atualmente, há nove casos sob investigação no Brasil em seis estados diferentes. Já em todo o mundo foram cerca de oito mil casos confirmados, a maioria na China, mas já com confirmações em outros 18 países.
A doença já causou 170 mortes, todas no país asiático epicentro da infecção.
Fonte: Agência Brasil