FISIOTERAPIA E O PACIENTE COM CÂNCER –

A atuação do Fisioterapeuta nos cuidados a criança e ao adolescente com câncer acontece em todos os níveis de atenção à saúde, com ações de prevenção, promoção, proteção, rastreamento, educação, intervenção, recuperação e reabilitação. Seja no hospital, em ambulatório ou no domicílio, em qualquer ambiente, é importante que o fisioterapeuta seja integrante da equipe multidisciplinar que presta assistência aos pacientes.

Mesmo que na primeira consulta o paciente não apresente indicação para fisioterapia, ele e seu responsável devem ser orientados sobre o surgimento de possíveis demandas. Algumas orientações importantes, logo no momento do diagnóstico, devem ser dadas, como prevenir dores decorrentes de má postura e evitar inatividade ou repouso prolongado, evitando assim redução da capacidade funcional.

Se a criança ou adolescente apresenta uma alteração cinético funcional (alteração no movimento), após consulta e avaliação, os objetivos são definidos e começa o processo de reabilitação. Exercícios e recursos terapêuticos específicos são utilizados para manutenção ou restauração da integridade de órgãos e sistemas. O tratamento de reabilitação continua mesmo que o paciente esteja fazendo quimioterapia ou radioterapia. Mas a atenção aos exames e condições clínicas devem ser reavaliadas continuamente.

Caso o paciente tenha indicação de realizar cirurgia, a atuação do fisioterapeuta deve iniciar antes do procedimento com orientações e intervenções voltadas para prevenir complicações. Os objetivos da reabilitação devem ser traçados a curto e longo prazo e, de preferência, junto com o paciente. Percebemos na prática que quando o paciente é ativo e participativo no processo de reabilitação ele tem mais aderência ao tratamento.

Caso o paciente fique com uma deficiência e não recupere uma determinada função, a fisioterapia é importante para adaptação à nova condição e para promover qualidade de vida. E mesmo que não haja possibilidades terapêuticas de cura, o paciente deve ser atendido em sua integralidade e o fisioterapeuta deve ter foco no conforto e alívio dos sintomas, como dor e fadiga.

 

 

Cinthia Moreno – Fisioterapeuta da Casa Durval Paiva, CREFITO 83476-F

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *