FISIOTERAPIA NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM OSTEOSSARCOMA –

O osteossarcoma é o tumor ósseo mais comum entre os que acometem crianças e adolescentes. A dor e o aumento de volume no local (sinais e sintomas iniciais) já causam uma repercussão na saúde e podem limitar atividades com andar e se manter em pé durante o banho, por exemplo.

O tratamento é feito através de protocolos de quimioterapia e cirurgia para retirada do tumor. Dependendo do tipo de cirurgia, o paciente pode apresentar alterações físicas, que podem variar de uma pequena limitação no movimento da articulação até a sequela de uma amputação.

A atuação da fisioterapia inicia cedo, desde o momento do diagnóstico. Nessa fase inicial, o paciente e seus familiares são orientados quanto aos cuidados com o membro acometido. O paciente não deve realizar descarga de peso, ou seja, não pode andar, colocando o pé no chão. Para isso, é realizado treino de fortalecimento dos membros superiores e do membro inferior não acometido e iniciado treino de marcha com muletas ou cadeira de rodas.

O paciente também é atendido durante todo o período em que está realizando quimioterapia. Como na maioria dos casos os pacientes apresentam náusea e vômito, eles ficam boa parte do tempo deitados, e essa inatividade física pode causar diminuição de força muscular e descondicionamento físico. Os exercícios nessa fase são realizados de acordo com a tolerância do paciente, para que seja feita a manutenção da força muscular e os efeitos da inatividade sejam minimizados.

Após o procedimento cirúrgico, a atuação da fisioterapia continua. Nos casos de amputação, o paciente realiza além de fortalecimento de membros superiores, o fortalecimento do coto (parte remanescente) e do membro inferior não acometido. A reabilitação estimula a independência funcional, principalmente, através do treino de marcha. As orientações com relação ao uso de andador, muletas e prótese é feita para o paciente e a família.

A assistência integral ao paciente com osteossarcoma na Casa Durval Paiva é feita mediante a integração com os outros setores da instituição, durante todo o processo de reabilitação, de acordo com demandas específicas. O fisioterapeuta deve estar atento a qualquer alteração e necessidade apresentada pelo paciente, como por exemplo: se ele apresenta dificuldades na aceitação do procedimento cirúrgico e na autoimagem, é importante encaminhá-lo ao psicólogo. Se está emagrecido e é necessário melhorar o treino de força, um nutricionista deve dar o suporte. E assim o paciente vai avançando, mesmo diante de cada demanda que surge.

A reinserção social do paciente é um dos objetivos que deve ser alcançado no processo de reabilitação. Além de força, equilíbrio e coordenação, ver o paciente voltando para escola, para as atividades de sua rotina, tendo momentos de lazer com amigos e familiares é sempre gratificante.

 

 

Cinthia Moreno – Fisioterapeuta – Casa Durval Paiva, CREFITO 83476-F

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