A dez meses antes das eleições, muitos fatores fazem da relação de nomes que estarão no páreo pela Presidência da República uma incógnita. Mesmo com as indefinições do cenário, uma parcela do empresariado brasileiro escolheu claramente a agenda liberal como o modelo que julga ideal para o País consolidar a retomada do crescimento sustentável nos próximos anos. Esta semana em Nova York, durante a NRF Retail’s Big Show, maior evento do varejo mundial, houve a leitura de uma carta-manifesto, elaborada e divulgada pelo empresário Flávio Rocha, presidente da rede varejista Riachuelo. Nela ele afirma que “É preciso tirar o Estado das costas da sociedade, do cidadão, dos empreendedores, que estão sufocados e não aguentam mais seu peso”.
O documento marcou o lançamento do Movimento Brasil 200 anos. O texto ressalta que o livre mercado é a única forma de gerar oportunidades e riquezas para todos. Flavio convocou seus pares: “Sem uma elite empresarial comprometida de corpo e alma com o progresso, com o avanço institucional, com mais liberdade, menos intervencionismo e a diminuição do estado hipertrofiado, não vamos a lugar algum.” A iniciativa ganhou a adesão de nomes de peso do setor produtivo brasileiro. Dentre eles, Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza; o publicitário Roberto Justus; Antônio Alberto Saraiva, fundador da rede Habib’s, Sonia Hess, fundadora da marca de roupas Dudalina, entre outros.