Fatores naturais e capacitação de mão de obra impulsionam expansão da energia solar no RN — Foto: Divulgação/Topsun Energia Solar
Fatores naturais e capacitação de mão de obra impulsionam expansão da energia solar no RN — Foto: Divulgação/Topsun Energia Solar

O Rio Grande do Norte possui 10 usinas de energia solar fotovoltaica em operação. Recentemente, outras 25 foram contratadas. Uma produção intensa, limpa, que só depende da luz do sol e está em plena expansão no estado.

Um dos fatores que têm impulsionado a expansão da energia solar no Rio Grande do Norte é a capacitação de trabalhadores. O IFRN tem se destacado como importante polo de ensino. O instituto possui um centro de pesquisa em energia solar fotovoltaica.

De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, o investimento em mão-de-obra deve trazer bons resultado em um futuro próximo. “Quem é pioneiro em novas tecnologias tem ônus e bônus. O fator que coloca o RN na frente dos outros estados é que o RN é quem melhor prepara mão-de-obra. Nós temos cursos no IFRN de João Câmara, na UFRN, temos na Uern, Ufersa. Temos aqui no trabalho pioneiro do CTGás, que hoje é o Instituto Senai de Inovação. Com a nossa secretaria, fizemos um convênio com a Fiern e o ISI, e está sendo produzido aqui o Atlas Eólico e Solar. Isso vai ser o verdadeiro mapa da mina”, declarou.

O professor do IFRN Augusto César Filho ressalta que a energia solar fotovoltaica vem crescendo no Brasil de forma exponencial, assim como no mundo, e que a formação de mão-de-obra qualificada é necessária. “Nós estamos falando de projetistas, instaladores, o pessoal que vai operar e manter as usinas, além do pessoal que vai monitorar o parque industrial, a fabricação de módulos, estruturas de suportes e o restante do sistema.

Segundo ele, “existe uma tendência do deslocamento da matriz geradora. A gente não tem mais grandes distâncias de transmissão. O fato de você aproveitar fontes renováveis de energia já é extremamente importante. em termos mundiais, essa saída de utilização de energia fóssil para renovável já é extremamente importante porque são energias que não são poluentes”.

E dos modelos usados em residências, chamados de microgeração distribuída, o crescimento em 2021 pode chegar a até 90%, segundo secretário de Desenvolvimento Econômico do RN. O setor está esperançoso com a retomada dos investimentos por parte dos consumidores. Alexandre Barros é diretor comercial de uma empresa especializada em energia renovável. Ele espera voltar ao ritmo de crescimento freado pela pandemia no ano passado.

“Esse ano de 2021, para quem utiliza a energia solar fotovoltaica, principalmente os pequenos empresários e residências, espero que a gente tenha um crescimento equivalente a 2019, que foi um ano muito aquecido. Em 2020, sofremos por causa da pandemia, mas no fim do ano já reaquecemos”, falou Alexandre.

O principal atrativo dos consumidores residenciais e de pequenos negócios é o custo-benefício. Segundo os especialistas, os painéis são utilizados, em média, por 30 anos numa residência. Em alguns casos, os investimentos para a instalação da tecnologia podem ser pagos em até três anos.

“A procura é constante. A energia é um custo fixo que a gente tem e não é um custo fixo efetivo. É crescente porque a tarifa se reajusta ao longo dos anos, no ano passado não tivemos reajuste. Espera-se que o reajuste desse ano seja dobrado, além das bandeiradas amarela, vermelha e verde. Isso faz com que sua tarifa possa aumentar em quase 28% no decorrer de um ano. Quando você investe em energia solar, você geralmente faz um financiamento com parcelas fixas. Você vai trocar a sua conta de energia fixa que era crescente por financiamento fixo e o financiamento acaba”, lembra Alexandre Barros.

“Pela potencialidade do nosso Brasil, ainda temos muito a ser feito. A maior usina instalada no Brasil tem 475 megawatts. Se você pegar a maior usina do mundo, ela tem mais de 2 mil megawatts, que está instalada na Índia. Nós temos muita coisa a se fazer”, completou o professor Augusto César Fialho.

Fonte: G1RN

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