Na semana passada, dezenas de documentos confidenciais sobre a guerra na Ucrânia escritos pelas Forças Armadas dos EUA vazaram em redes sociais. Nessa segunda-feira (10), um porta-voz do Pentágono afirmou que os vazamentos representam um risco muito sério para a segurança nacional, e que medidas estão sendo tomadas para mitigar os danos.
O governo dos EUA disse que há preocupações de que possa haver vazamentos adicionais.
Chris Meagher, assistente do secretário de Defesa para Assuntos Públicos, disse a repórteres que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, ficou sabendo na quinta-feira que uma série de slides de apresentações que detalhavam os esforços militares dos EUA na guerra da Ucrânia e inteligência envolvendo outras nações vazaram.
Nos dias seguintes, Austin procurou aliados, fez reuniões diárias para avaliar os danos e montou um grupo para avaliar o escopo das informações perdidas, mas também para revisar quem tem acesso a essas apresentações.
Um oficial do setor de defesa dos EUA falou à agência de notícias Associated Press, sob condição de anonimato, que as Forças Armadas tomaram medidas para reduzir o número de pessoas que têm acesso a essas apresentações. O funcionário disse que o Pentágono revisa regularmente as listas de acesso para avaliar quem precisa conhecer e ter acesso a material classificado.
O suposto vazamento de uma série de documentos secretos altamente sensíveis do governo dos EUA, incluindo informações sobre o conflito na Ucrânia, resultaram em uma investigação criminal, assim como em um esforço de várias agências para avaliar as possíveis consequências dessa falha de segurança.
O responsável pelos vazamentos ainda é desconhecido e, até esta segunda-feira (10), o Departamento de Defesa continua trabalhando para avaliar sua autenticidade, embora reconheça que os documentos parecem conter material confidencial e sensível.
Essas informações estiveram disponíveis online e em algumas plataformas há semanas ou possivelmente até mais, embora só tenham chamado a atenção da mídia no início deste mês.
Muitos documentos estão relacionados com a guerra na Ucrânia. Um deles traz informações sobre o estado do conflito no início de março, incluindo baixas russas e ucranianas, enquanto outro detalha a situação em frentes específicas, como na cidade de Bakhmut, um dos principais campos de batalha.
Outro documento dá informações sobre as defesas aéreas da Ucrânia, que têm sido fundamentais para proteger o país dos ataques com mísseis e aviões não tripulados russos. Outro documento mostra detalhes sobre os esforços internacionais para fortalecer as forças militares de Kiev.
Também há documentos que não estão relacionados à Ucrânia. Alguns, por exemplo, apontam para a vigilância americana de seus aliados, como um que indica que os líderes da agência de Inteligência israelense Mossad defenderam protestos internos contra um controverso plano de reforma judicial israelense que daria aos legisladores substancialmente mais controle sobre a Suprema Corte.
O Pentágono diz que trabalha para “avaliar a autenticidade dos documentos fotografados que circulam nas redes sociais”, mas admitiu que “parecem conter material confidencial altamente sensível”.
Pelo menos um documento parece ter sido adulterado para dizer que a Ucrânia sofreu mais baixas do que a Rússia, quando a aparente versão original dizia o contrário.
Mas, segundo os relatórios, as autoridades americanas acreditam que muitos dos documentos são genuínos.
O Departamento de Justiça abriu uma investigação criminal sobre o aparente vazamento enquanto uma avaliação de seu potencial impacto na segurança nacional está em andamento.
As autoridades americanas também entraram em contato com os aliados internacionais de Washington para discutir o assunto, e os comitês relevantes do Congresso foram informados.
O impacto do vazamento poderia ser significativo, colocando em risco as fontes de inteligência americanas e também dando à Rússia informações valiosas sobre o estado das Forças Armadas ucranianas.
Os documentos relacionados a aliados dos EUA também podem ser uma fonte de embaraço diplomático, pois detalham a vigilância americana de países com os quais Washington mantém laços estreitos.
Os documentos foram publicados em várias plataformas de redes sociais e outros sites, incluindo Twitter, 4Chan e Discord.
Mas muitos deles não estão mais disponíveis onde apareceram pela primeira vez, e os EUA continuam trabalhando para removê-los.
A mídia independente Bellingcat investigou onde os documentos apareceram pela primeira vez e relatou que alguns podem ter estado online já no ano passado.
Alguns foram postados no Discord, uma popular plataforma de bate-papo para jogadores de videogame, em canais para fãs de uma celebridade do YouTube e jogadores do jogo de computador “Minecraft”, de acordo com o Bellingcat.
Fonte: G1
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