Militares de Israel e do Egito trocaram tiros nesta segunda-feira (27) na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, e um soldado egípcio morreu, de acordo com a imprensa israelense.
Um porta-voz do governo egípcio confirmou que um houve uma morte na região da fronteira, mas não informou se o caso estava relacionado a um conflito com tropas israelenses e disse que estava investigando o caso.
As Forças Armadas de Israel afirmaram que houve um “incidente” com tiros na fronteira e que os governos dos dois países estavam dialogando sobre o episódio, mas não havia confirmado um confronto entre os dois lados até a última atualização desta reportagem.
Caso confirmada, a troca de tiros será o primeiro confronto direto entre soldados de Israel e de outro país desde o início da guerra na Faixa de Gaza e pode escalar ainda mais as pressões internacionais ao governo israelenses.
O Egito é um dos mediadores das negociações entre Israel e o Hamas desde o início do conflito.
O caso acontece um dia depois de um ataque matar 45 pessoas em um acampamento de descolados também em Rafah. Israel disse ter bombardeado um alvo perto do acampamento porém fora dele, e disse que ainda estava investigando o caso.
A área atingida era um acampamento para onde parte da população de Rafah havia acabado de se mudar por conta do início da ofensiva de Israel na cidade, para onde cerca de 1,5 milhão de palestinos fugiram por ataque de Israel no resto do território palestino.
O ataque também deixou dezenas de feridos. Tendas de ajuda humanitária no local pegaram fogo após as explosões.
Israel disse que uma investigação prévia mostrou que as vítimas foram mortas por incêndios. Em uma publicação, as Forças Armadas israelenses afirmaram ainda que o bombardeio que fez no domingo não atingiu o campo, mas um alvo próximo.
O porta-voz do governo, Avi Hyman, afirmou que uma investigação maior sobre o caso está sendo feita.
O Exército israelense também se manifestou e disse que está ciente sobre os civis feridos em decorrência do ataque e que analisa o caso.
Inicialmente, Israel afirmou que o o alvo do ataque aéreo era um complexo do Hamas em Rafah e que os locais atingidos “eram legítimos sob as leis internacionais”. Dois líderes do grupo terrorista foram mortos na operação, de acordo com o Exército do país.
O governo israelense afirmou ainda que os alvos foram “definidos com base em informações precisas”, que indicavam que a área era usada pelo grupo terrorista.
A Médicos Sem Fronteiras publicou mensagem de que ao menos 15 mortos em decorrência do ataque foram levadas para um ponto de apoio da organização e que pede por um cessar-fogo imediato em Gaza.
Fonte: G1
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