FORMANDO LEITORES NA CLASSE HOSPITALAR – Sandra Fernandes da Costa

FORMANDO LEITORES NA CLASSE HOSPITALAR –

Sabe-se que a leitura infelizmente não é uma prática constante em nosso país. Foi justamente por se preocupar em modificar esta realidade que as professoras das classes hospitalar e domiciliar que acompanham os pacientes da Casa Durval Paiva, planejaram desenvolver com os alunos um projeto de incentivo à leitura, utilizando as histórias em quadrinhos (HQs) como recurso didático-criativo.

As HQ apresentam uma grande facilidade para que crianças e adolescentes, não somente em fase de alfabetização e início de escolarização, mas durante toda sua vida escolar se interessem pela leitura e com ela se estimulem.

Para a formação de leitores, é importante que se tenha contato com diferentes objetos de leitura e que estes tenham conteúdos de qualidade, capacitando gradativamente o leitor iniciante para exercer leituras mais complexas.

Pautadas nas obras de Ziraldo, buscamos trabalhar com os alunos o gênero textual “tirinhas” (HQs) a partir das histórias do “Menino Maluquinho”. Com o propósito de formar alunos capazes de usar adequadamente a língua materna em suas modalidades escrita e oral, e refletir criticamente sobre o que leem e escrevem. Como diz Ziraldo (2017) “A leitura nos conduz ao conhecimento”.

A classe domiciliar desenvolve através da diversidade dos gêneros textuais, esse projeto de leitura, visando trabalhar não apenas a “leitura”, mas todas as leituras que se apresentam no dia-a-dia a fim de transformar o ato de ler não só em uma tarefa escolar, mas, em um hábito prazeroso, divertido e significativo.

Dessa forma, passar a gostar ou a detestar a leitura, tem a ver com a qualidade das interações com aquele que intermedia os encontros com os textos e, também, com as situações em que as leituras ocorrem.

Através das histórias, crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas cônicas podem trabalhar a imaginação que fica mais restrita no ambiente hospitalar, sendo, algumas vezes, um ambiente de exclusão social. Nesse contexto, é muito importante à interação dos alunos/pacientes com o mundo da leitura, pois estas resgatam vivências, fazendo com que eles se sintam aceitos.

Contudo, a contribuição da leitura, seja no hospital ou na Casa, permite que as crianças e os adolescentes criem, sonhem, imaginem, amenizando as consequências do tratamento e do internamento hospitalar, auxiliando-os em seu processo de recuperação.

 

 

Sandra Fernandes da Costa – Coordenadora Pedagógica – Casa Durval Paiva

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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