A proposta para o Porto Potengi, que prevê a ampliação do Porto de Natal, foi apresentado nessa segunda-feira (6), durante debate no Fórum CNT de Debates, promovido pela Confederação Nacional de Transportes em Natal. Empresários dos setores de carga e de passageiros estiveram presentes no evento.
No estudo apresentado, foi avaliada a viabilidade técnica e ambiental do Porto Potengi, que se trata da expansão do atual Porto de Natal para a margem esquerda do Rio Potengi, na Zona Norte de Natal, em uma área degradada do manguezal. Na proposta, o Porto Potengi ampliaria em pelo menos cinco vezes a capacidade do atual porto, que é administrado pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern).
O Porto Potengi tem valor projeto de R$ 1,2 bilhão, incluindo a dragagem do local. De acordo com o projeto apresentado, seriam dois anos para estudos e três anos para construção, com prazo para iniciar operações no local em 2029.
Com a missão de coordenar o estudo, o engenheiro Carlos Alberto Nóbrega ressalta a defasagem de operação do atual porto de Natal, e cita o que deve ser feito no novo modelo.
“O porto não tem capacidade de sustentar o tráfego comercial de linhas marítimas. Com isso, empresas estão indo para outros portos onde existe essa possibilidade. No novo projeto está previsto um canal estável, com 120 metros de largura e condições para que os navios passem por baixo da ponte”, afirmou.
A nova estrutura seria capaz de armazenar 131 mil containers, além de fortalecer a capacidade de exportar minério de ferro, com perspectiva para transportar entre 7,5 e 8 milhões de toneladas por ano.
O presidente da CNT, Vander Costa, explicou a necessidade para aprovação e, consequentemente, construção do Porto Potengi para a atividade portuária na cidade. “Se não for feito um novo terminal, diante da atual circunstância, corremos o risco de fechar o terminal de Natal. O Rio Grande do Norte precisa de um porto moderno”, pontuou.
Em abril deste ano, a maior empresa que atuava no Porto de Natal encerrou suas atividades no local e mudou-se para o Porto de Macuripe, em Fortaleza. Prejuízo, segundo Codern, é de R$ 5 milhões nas operações do porto.
Fonte: G1RN