Os franceses participam hoje do primeiro turno de uma das eleições presidenciais mais imprevisíveis das últimas décadas. Quatro candidatos disputam duas vagas no segundo turno, separados nas intenções de voto por uma margem de seis pontos percentuais e com 20% a 25% de indecisos. A sucessão do socialista François Hollande deve ser resolvida entre os dois primeiros colocados, em 7 de maio. Na acirrada corrida pelo Palácio do Eliseu, as propostas de governo vão de um extremo ao outro do espectro político. Com dois eurocéticos e dois entusiastas da integração regional no páreo, o desfecho do processo pode ter impactos profundos para o futuro da União Europeia (UE)

Alarmados pela volta da ameaça terrorista, o país vai às urnas três dias depois de o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicar a autoria de um tiroteio na mais famosa avenida de Paris, a Champs Elysées. Analistas consideram que a ameaça de segurança deve impulsionar a líder da Frente Nacional (FN, extrema-direita), Marine Le Pen, e garantir sua vaga no tira-teima. Mas as ultimas pesquisas mostram um cenário no qual nenhum dos concorrentes desponta como franco favorito. O centrista Emmanuel Macron liderava com 23% das intenções de voto, um ponto percentual à frente de Le Pen. A dupla era seguida pelo direitista François Fillon, com 20%, e pelo ultraesquerdista Jean-Luc Mélechon, com 19%.

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