FUTEBOL FILOSÓFICO –
O futebol, o esporte mais popular do mundo, tem um acervo amplo de histórias que envolvem os seus protagonistas maiores: jogadores, treinadores, dirigentes de clubes, jornalistas e cronistas esportivos.
Histórias e passagens que marcaram muito bem seus personagens, sejam no campo de ação ou quando concedidas em programas de televisão e ou ainda, em crônicas e comentários esportivos.
Vejamos:
O goleiro Manga (Botafogo, Internacional de Porto Alegre e Seleção Brasileira ), em seu novo ofício de comentarista esportivo da Rádio Tupi, é perguntado:
– Manga, como você está vendo o jogo?
– Com os olhos, com os olhos!
Na Suécia, Copa do Mundo de 1958, o dentista da Seleção, Mário Trigo, abraçou o Rei pela cintura pedindo que o soberano concordasse: “Diga, seu king, já viu time mais porreta?”.
Do alto da cabine da Rádio Tupi, no Maracanã, Ari Barroso viu um grupo que discutia muito e pediu a seu repórter de campo para checar:
– Alô, alô, Isaac, o que houve aí?
– Aqui só se “houve” a Rádio Tupi.
De Neném Prancha (Filósofo do futebol ): Quem se desloca recebe, quem pede tem preferência.
Contra time pequeno, bola na bunda é pênalti.
A bola é de couro, o couro vem da vaca, a vaca gosta de grama, então, joga rasteiro, meu filho!
Se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminava sempre empatado.
Se concentração ganhasse jogo, o time da penitenciária não perdia um.
Futebol moderno, meu filho, é que nem pelada. Todo mundo corre muito, mas não sabe pra onde.
Joga a bola pra cima, enquanto ela estiver no alto não há perigo de gol.
Goleiro tem que dormir com a bola.
Se for casado… com as duas!
O futebol é simples. Difícil é jogar bonito.
De Dadá Maravilha (centro avante do Atlético Mineiro): Não venha com problemática que tenho solucionática.
De Nelson Rodrigues (cronista esportivo): Em futebol, o pior cego é o que só vê a bola. O povo toma pileques de ilusão com futebol e carnaval. São essas suas duas fontes de sonho. A bola de futebol acompanha o craque, ela tem alma de cadela.
Do poeta Carlos Drummond de Andrade: No futebol, matar a bola é um ato de amor. Brincar com a bola é descobrir a harmonia e o equilíbrio do universo.
De Armando Nogueira (Jornalista e cronista esportivo): Tu em campo parecia tantos e, no entanto, que encanto, era um só: Nilton Santos.
Vi Pelé, tão perfeito que, se não tivesse nascido gente, teria sido uma bola.
Vi Garrincha, para quem a superfície de um lenço era um enorme latifúndio.
Do craque Didi, do Botafogo: Treino é treino. Jogo é jogo.
De Stanislaw Ponte Preta (Jornalista): No futebol, a cabeça é o terceiro pé.
De José Djalma (Tenente), treinador do Alecrim Futebol Clube: No futebol, o adversário é como um pires de papa, devemos destrui-lo avançando pela beiradas.
De Geleia, misto de alfaiate e treinador do Alecrim Futebol Clube: O futebol é como na costura, precisamos chulear muito para ganhar o jogo.
De Maurílio José de Souza (Velha), técnico do América F.C.: Futebol é pra cabra macho, vamos entrar em campo com onze Lampiões.
De Coqueiro (Técnico de Clube Atlético Potiguar – CAP): Meu time vai pra guerra, pra isso, tem que está muito bem armado. Tome “balas” meninos”!
Berilo de Castro – Médico e Escritor – berilodecastro@hotmail.com.br
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Dr., muito bem lembrado, esse maravilhoso folclore do futebol.parabens.