A Política e suas idiossincrasias são uma temática universal abrangente a uma só pessoa ou atinente a qualquer outro grupo societário desde tempos imemoriais, passando por Paulo de Tarso (nome romano), nascido na cidade turca de Tarso, judeu de família romana, daí ser chamado de Saulo de Tarso (nome hebreu), também, que era incansável perseguidor dos cristãos.
De perseguidor passou a ser santificado com o título de São Paulo, após receber visão celestial do Rabi, que lhe teria perguntado: “Por quê me persegues?”, quando então passou três dias cego.
Segundo Aristóteles (384 a.C.), filósofo peripatético da Grécia Antiga, “O homem é um ser político por natureza”. Se a Ética é a doutrina moral individual, a Política seria a doutrina moral social.
Daí, a historicidade da fundação do povoado de São Paulo, que poderia ter sido chamada de São Saulo, pelos jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, em 1554, que preferiram não relembrar as origens judaicas do apóstolo que, por sinal, não foi um dos doze seguidores presentes na mesa da Ceia de Cristo.
O genitor de Paulo de Tarso era um judeu fariseu, ortodoxo, que encaminhou o filho para o rabinato em Jerusalém.
Política e suas idiossincrasias… Uma verdadeira Gaiola das Loucas, como diria Jean Poiret, escritor/cineasta, membro de Escritores LGBT da França, autor dessa comédia, a qual se tornou um sucesso internacional, prestigiada pela elite teatral brasileira, tais como os extraordinários atores Miguel Falabella e Jorge Dória (Jorge Pires Ferreira).
O notável comediante Jorge Dória, entre as centenas de participações teatrais e televisi- vas, em 1959, ao lado de Leda do Valle, comandou a peça intitulada Tire a máscara, Doutor, que marcou época. Histriônico e mordaz, apresentou na TV brasileira um quadro cujo bordão era: Onde foi que eu errei? A interlocução entre pai e filho (pederasta), representado pelo ator Lúcio Mauro Filho, no Programa Zorra Total, marcou uma geração.
Por sua vez, Gaiola das Loucas, no Brasil; Gaiola das Doidas, em Portugal; La Cage aux Folles, na França; Birdcage, na América do Norte – tem a seguinte narrativa pela Wikipedia:
“O filme narra a chegada de Val Goldman à casa dos pais, um casal homossexual formado por Armand, o gerente de uma boate drag de Miami, e Albert, a atração principal do estabeleci- mento. Val volta para casa para anunciar que está noivo de Barbara, filha do senador republica- no ultraconservador Kevin Keeley.
Com a ocorrência de um escândalo sexual em seu partido político, Kevin e sua esposa Louise decidem que o momento é propício para deixar sua filha se casar com Val (para fazer a mídia se focalizar no casamento e esquecer o escândalo), sem imaginar como é a família do noivo.
E, para ajudar o filho, Armand e Albert vão ter que rebolar para virarem outras pessoas!” (Wikipedia)”
Aristóteles já enunciava: “A ARTE IMITA A VIDA.”
José Carlos Gentilli – Escritor, membro da Academia de Ciências de Lisboa e Presidente Perpétuo da Academia de Letras de Brasília