GLOBALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO –

O conceito de globalização está se ampliando cada vez mais, característico da nova sociedade do século XXI. A ideia de globalização tem a ver com “queda de fronteiras” entre os países, entendendo-se que, embora os limites físicos não se alterem, a informação do que acontece por todos os países do mundo não encontra fronteira e interliga todos os povos. Modifica-se, igualmente o conceito de cultura de um só povo, para o conceito de cultura globalizada.

Dentro desse novo diapasão cultural, sociológico e político, avulta o problema dilemático do modelo educacional ideal para atender às demandas dessa época revolucionária. Aos poucos, esta nova sociedade entendeu que um gênio rabugento não é gênio; que a avaliação de um profissional vai além do que seu QI (Quociente Intelectual) indica; que uma Escola Modelo, seja de 1.º, 2.º ou 3.º graus é algo mais do que encher os seus alunos de informação. A educação na Sociedade globalizada é mais do que cobrar apenas conceitos, modalidades e procedimentos no domínio cognitivo.

Estudos modernos sobre o ser humano apontam hoje para um aspecto que ficou latente na formação do homem: seu laço emocional. A capacidade de se relacionar de forma respeitosa, de tomar decisões equilibradas, de avaliar criteriosamente a influência dos fatores psicológicos no comportamento das pessoas, são componentes da completa formação do ser humano e tão importante quanto formar um indivíduo tecnicamente habilitado ao exercício profissional.

A educação na Sociedade Globalizada não deve preparar apenas o profissional trabalhador, mas preparar pais e mães de família, companheiros de lazer que saibam respeitar as regras da convivência, cidadãos capazes de apreciar a arte como manifestação de cultura. Isso implica na responsabilidade dos professores. Professores emocionalmente desequilibrados, que não sabem gerenciar seus próprios problemas pessoais, que não sabem reconhecer que seu desequilíbrio emocional pode levá-los a ministrar péssimas aulas, onde a aprendizagem não encontra condições favoráveis para se realizar.

A educação na sociedade globalizada não pode menosprezar a influência do emocional como condição de aprendizagem cognitiva. Só assim, se entenderá que podem está com problemas emocionais bloqueadores do desempenho intelectual, os alunos que dormem em sala de aula, que fazem uma cara de pouco interesse, que dão um sorriso amarelo de cinismo, que riscam as paredes e que, durante uma brilhante explicação, estão desenhando figuras abstratas e disformes, no caderno.

A educação de hoje, a chamada “nova escola” desta sociedade globalizada, deve preparar o homem para viver num futuro desconhecido. Os alunos de hoje, profissionais de amanhã, encontrarão problemas, fatos, conceitos jamais sonhados. É imperioso que se preparem para essa nova realidade. Isso ocorrerá quando a escola do presente trabalhar com uma visão de futuro, e os educadores derem uma resposta sincera, objetiva e despreconcebida aos desafios da globalização e da pós-modernidade.

 

 

Josoniel Fonsêca – Advogado e Professor Universitário, membro da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte – ALEJURN, [email protected]

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