O governador Robinson Faria participou de audiência pública realizada ontem pela manhã em São José do Seridó. Na oportunidade, declarou que soma-se à luta em defesa dos empregos gerados pela atividade textil. O evento foi organizado pela classe produtiva da região, empresários, associações e pequenas fábricas, para discutir a crise que afeta o setor e buscar soluções, e contou ainda com representantes da classe política. “Estou ao lado de cada um de vocês trabalhadores do setor têxtil. Não estamos aqui para afrontar o Ministério Público, muito pelo contrário; viemos nos juntar a essa luta, para vencer as dificuldades que esse setor vem enfrentando. Vocês dependem destes empregos e não vamos permitir que sejam prejudicados”, disse ele.

A crise na área têxtil, que já era um problema real devido à concorrência desleal com o mercado asiático, teve agravamento com o posicionamento do Ministério Público do Trabalho, divulgado nos últimos dias, que entendeu ser a Fábrica Guararapes, e não as facções, a responsável pela contratação dos profissionais de costura terceirizados. Com a decisão, pelo menos 62 unidades têxteis do Seridó distribuídas pelas cidades de Parelhas, Cerro Corá, São José do Seridó, São Vicente, Acari e Jardim do Seridó, e cerca de 2.600 trabalhadores, devem ser prejudicados.

Ratificando seu posicionamento na última reunião com os faccionistas, que aconteceu na Governadoria na quinta-feira (14), o governador Robinson Faria disse que o caminho é o diálogo. “Essa decisão pode gerar um enorme problema social, causando o desemprego de milhares de pessoas no interior do estado. Empregos esses que são os que sustentam uma casa”, disse o governador, completando que a ação é inadmissível, uma vez que o setor movimentou no ano passado, em plena crise, quase R$ 100 milhões.

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