O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que o governo cedeu até o limite do possível para atender às reivindicações dos caminhoneiros.

Em entrevista à TV Globo, o ministro destacou que, com as medidas anunciadas no domingo (27) à noite pelo presidente Michel Temer, o governo atende ao que foi pedido pela categoria. Guardia disse que se tratam de medidas responsáveis.

Temer anunciou a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel, que valerá por 60 dias.

Além disso, a Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, garantirá 30% dos fretes para caminhoneiros autônomos.

Ainda há o compromisso do governo em acabar com a cobrança do pedágio dos caminhões com eixos suspensos, em todo o país, e também estabelecer um valor de frete mínimo.

Nesta segunda (28), o ministro explicou que, dos R$ 0,46 de redução no preço do diesel, R$ 0,16 ainda dependem de aprovação no Congresso Nacional, que analisa o projeto prevendo a reoneração da folha de pagamento das empresas.

Já os outros R$ 0,30 serão subsidiados pelo Tesouro Nacional, o que representa um impacto de R$ 9,5 bilhões aos cofres públicos.

Questionado se quem iria pagar essa conta seria o consumidor, Guardia explicou que, do total, R$ 5,7 bilhões vêm da margem positiva verificada no último relatório de receitas e despesas.

Outros R$ 3,8 bilhões virão de cortes no orçamento.

Com relação ao cumprimento da meta fiscal, que prevê déficit de R$ 159 bilhões, em função das medidas anunciadas, Guardia garantiu que o governo vai trabalhar e apertar o cinto para chegar ao resultado.

 

Fonte: Agência Brasil

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