Voluntários desinfetam uma estação ferroviária em Changsha, província de Hunan, na China, nesta terça-feira (4)  — Foto: cnsphoto via Reuters
Voluntários desinfetam uma estação ferroviária em Changsha, província de Hunan, na China, nesta terça-feira (4) — Foto: cnsphoto via Reuters

Em um gesto raro, o governo da China admitiu falha na resposta à epidemia do novo coronavírus, que já matou mais de 400 pessoas e infectou mais de 20 mil.

O Comitê do Partido Comunista, que reúne as maiores lideranças do país, reconheceu a necessidade de melhorar o gerenciamento do sistema de saúde de emergência.

O comitê também ordenou uma repressão aos mercados ilegais de animais selvagens, que estariam na origem da epidemia. “É necessário fortalecer a supervisão, proibir e reprimir severamente os mercados e o comércio ilegal de animais silvestres”.

Existe a suspeita de que os primeiros contaminados estiveram em um mercado de animais silvestres em Wuhan, na província de Hubei.

Resposta chinesa

As autoridades chinesas foram acusadas de subestimar a gravidade do novo coronavírus, o 2019 n-CoV, no início da epidemia e, em alguns casos, tentar manter em sigilo as notícias.

Um médico em Wuhan, que tentou alertar seus colegas sobre o surto no fim de 2019, foi acusado de “fazer comentários falsos” e instruído pela polícia a interromper a “atividade ilegal”.

Foi apenas em janeiro que o governo ordenou o bloqueio de Wuhan e cidades próximas em uma tentativa de conter a expansão do vírus. No fim de janeiro, o governo deu início à construção de dois hospitais. O primeiro deles, construído em apenas 10 dias, começou a receber seus primeiros pacientes na segunda-feira.

Suspeitas no Brasil

Mais de 20 países já registram infecção pelo 2019 n-CoV. Na segunda-feira (3), a primeira morte foi registrada no território semiautônomo de Hong Kong.

O Brasil investiga 14 casos suspeitos, de acordo com o Ministério da Saúde. Nenhuma infecção foi confirmada. Desde o início do monitoramento do Ministério da Saúde, o Brasil já descartou ao todo 13 suspeitas.

Entre os 14 casos suspeitos, 11 deles estão passando pela etapa de testes para vírus comuns, como o influenza. Caso um vírus já conhecido no Brasil seja detectado, a chance de o paciente ter coronavírus é descartada.

Outros três casos já deram negativo para doenças comuns e, agora, estão em um teste específico apenas para o 2019 n-CoV.

Fonte: G1 

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