O governo de São Paulo confirmou nessa quarta-feira (16) o primeiro caso de reinfecção por coronavírus no estado desde o início da pandemia.

A paciente de 41 anos, que mora em Fernandópolis , região de São José do Rio Preto, desenvolveu a doença em junho, com resultado positivo em exame laboratorial. Ela se curou, e teve nova detecção em novembro, 145 dias após o primeiro diagnóstico. Ambos os exames foram feitos pelo Instituto Adolfo Lutz de São José do Rio Preto.

“O caso apresentou todos os critérios estabelecidos em nota técnica do Ministério da Saúde para confirmação de reinfecção”, diz o governo do estado.

O Laboratório Estratégico do Instituto Central, localizado na capital paulista, fez o sequenciamento do genoma completo e identificou que se tratam de duas linhagens distintas do vírus, o que pode justificar a reinfecção.

Uma delas foi constatada exclusivamente no Brasil, e a outra já identificada tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Chile, conforme sequências comparadas com o banco de dados online e mundial GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data) – Iniciativa Global de Compartilhamento de Todos os Dados sobre Influenza, em tradução livre.

O primeiro caso de reinfecção no Brasil foi confirmado no último dia 9 pelo Ministério da Saúde em uma médica de 37 anos que mora em Natal e trabalha também na Paraíba.

A identificação do caso foi feita pelos governos do Rio Grande do Norte e da Paraíba, que usaram o método da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) por sequenciamento genético, que confirmou que a mulher foi infectada por duas linhagens diferentes do vírus.

O caso estava sendo investigado desde o dia 23 de outubro, data em que o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do RN (CIEVS-RN) recebeu a notificação sobre a suspeita.

A primeira infecção dela aconteceu em junho. Após apresentar um quadro de síndrome gripal (cefaleia, dor abdominal e coriza) no dia 17, a paciente realizou o exame RT-PCR na Paraíba em 23 de junho.

Fonte: G1

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