Trinta-réis-real — Foto: Reprodução/Elisa Ilha
Trinta-réis-real — Foto: Reprodução/Elisa Ilha

O governo do Rio Grande do Norte publicou um alerta à população do estado orientando as pessoas a não tocarem em aves mortas ou “cambaleantes” nas praias do estado. Segundo o governo, os animais podem estar contaminados como o vírus H5N1, da gripe aviária.

O alerta foi publicado neste domingo (28) nas contas oficiais do governo do estado nas redes sociais.

Na última quarta-feira (24), o governo confirmou que foram encontradas 37 aves migratórias mortas no litoral do Rio Grande do Norte ao longo de uma semana.

Desde então, o número aumentou. Segundo o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn) já foram encontradas pelo menos 50 aves mortas, até esta segunda (29).

Em caso de encontro de aves mortas ou aparentemente doentes, as autoridades estaduais recomendaram que a população entre em contato imediatamente com os órgãos responsáveis por meio do telefone 190, do (84) 99147-6645 ou do e-mail [email protected].

Questionado pelo portal g1 sobre a orientação, o Idiarn explicou que doença pode aparecer em qualquer local, porém as aves recolhidas e enviadas para análise até o momento foram achadas, todas, no litoral.

As recomendações divulgadas pelo governo são:

  • Não tocar, recolher, resgatar ou receber aves mortas ou doentes em área litorânea;
  • Caso encontre alguma ave nestas condições, doentes (cambaleantes) ou mortas, ligar para o 190 ou informar no email [email protected]
  • Ter cuidado com fontes de informações não confiáveis.
  • Repassas informações aos frequentadores de praias, funcionários de hotéis, pescadores, moradores e demais envolvidos.

Devido ao decreto de estado de emergência zoossanitária, emitido na última segunda-feira (22) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, os órgãos estaduais do RN recolheram e enviaram amostras para análise do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária.

Os casos detectados da infecção pelo vírus da influeza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) no país, neste ano, ocorreram em aves silvestres.

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte informou que o estado e o Brasil não têm nenhum caso confirmado da doença em ser humano.

As autoridades estaduais ainda solicitaram que as pessoas que eventualmente tiveram contato com aves encontradas mortas ou doentes em área litorânea coloquem-se em isolamento por dez dias e contatem um serviço de saúde da sua região.

Emergência zoossanitária

Na última segunda-feira (22), o Mapa declarou emergência zoossanitária por 180 dias por causa da gripe aviária.

Esse estado é declarado sempre que há um risco de uma doença oriunda de um animal se propagar rapidamente, e é uma forma de o governo se antecipar a um surto da doença.

A maior preocupação, até o momento, é evitar que a gripe aviária chegue nas granjas e na criação de aves para a alimentação própria.

A doença

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o risco de contaminação entre humanos é baixo, mas as ações de prevenção são importantes porque a circulação contínua da doença tem o potencial de gerar mutações no vírus, tornando-o mais contagioso.

A influenza aviária não é transmitida pelo consumo de aves ou ovos.

As infecções podem acontecer por meio do contato com aves contaminadas, vivas ou mortas. Por isso, não é recomendado tocar e nem recolher aves doentes.

Fonte: G1RN

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