O preço das hortaliças e frutas mais consumidas pelos brasileiros ficaram mais caras no mês de maio em função da greve dos caminhoneiros, segundo o 6º Boletim Hortigranjeiro, divulgado nesta terça-feira (19) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O problema de abastecimento fez com que os consumidores sofressem com a baixa oferta de produtos hortigranjeiros na sua mesa e grandes oscilações de valores para compra.

Para as cinco principais hortaliças destacadas pelos técnicos – alface, batata, cebola, cenoura e tomate – houve variações de preços no mercado. A alface na Ceasa Rio de Janeiro, por exemplo, teve um aumento de 32%, e o tomate, na Ceasa Pernambuco, de 90%.

Algumas Ceasas nem incluíram alguns produtos na pesquisa devido à falta de entrega pelos transportadores.

Cebola e batata também apresentaram aumento em todos os mercados. A batata ficou em cerca de 76% na Ceasa/RJ e 10% na Ceasa/Minas, enquanto a cebola atingiu o máximo de 25% na Ceasa/ES e 24% na Ceagesp.

Apesar dos aumentos, a cenoura teve redução de preços em Vitória (23%), Rio de Janeiro (16%) e Belo Horizonte (7%).

Houve reduções de preços também na couve-flor (38%) berinjela (21%), jiló e pimentão (20%), agrião (17%), além de chuchu, alcachofra e cará (15%).

Entre os cinco principais tipos de frutas pesquisados, que também sofreram influência negativa pela falta de transporte no período, a banana, laranja e mamão apresentaram reduções de preços. O destaque foi o mamão, que registrou percentuais de redução de preços em todas as Ceasas, com exceção de Pernambuco, onde teve aumento de 8%. O motivo da redução, segundo o estudo, está associado à necessidade de comercialização urgente do produto sob pena de perda. Por isso, os preços foram praticados no mesmo ou em menor nível que antes.

A vilã foi a melancia, campeã no quesito elevação de preços, com aumento na Ceasa/ES (75%), na Ceasa/Minas (60%), Ceasa/RJ (33%), Ceasa/GO (30%), Ceagesp (19%) e Ceasa/PE (7%).

Os menores preços foram registrados na tangerina (26%), caju (21%), atemoia (16%) e, na sequência, seriguela, abacaxi, morango e ameixa (11%).

De acordo com a análise do boletim, a tendência é que a situação melhore nos próximos meses, com a entrada da safra de inverno das hortaliças como tomate, cenoura e alface, e a regularização do abastecimento do mercado das laranjas. No início do próximo mês, o mercado citrícola já começa a se normalizar com a demanda firme nas áreas de produção para regularizar o abastecimento da fruta.

Fonte: G1

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