Na BR-226, rodovia segue parcialmente bloqueada com pneus  (Foto: Édipo Natan)

A chega ao 9º dia com reflexos no transporte público, saúde, educação e abastecimento de combustíveis e alimentos no Rio Grande do Norte. O estado amanheceu, novamente, com atos de caminhoneiros em BRs e RNs. A categoria exige redução do preço do óleo diesel e aumento no valor do frete.

Nesta terça-feira (29) a frota de ônibus da capital está reduzida, e 70% saíram às ruas. Já o transporte público intermunicipal, está rodando com 80% da frota. De acordo com os empresários, a redução é necessária para evitar um colapso no transporte público pela falta de combustível.

O Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), em Natal, suspendeu as internações eletivas para evitar desabastecimento para os pacientes que já estão internados. De acordo com a assessoria de comunicação do Huol, a direção adotou essa medida por causa da escassez de insumos na unidade, e a intenção é evitar que falte material para quem já está internado. Gases, luvas e outros materiais usados no cotidiano do Hospital Universitário não estão chegando desde que os motoristas e caminhão iniciaram a paralisação.

O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) suspendeu as atividades em 5 campi da instituição “em virtude das dificuldades criadas pelo desabastecimento de combustíveis”. Em várias cidades do estado, alunos de escolas municipais também ficaram sem aula nesta terça (29).

Diretor da Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (ASSURN), Geraldo Paiva Junior disse que nas grandes redes há falta de frutas e verduras. Em entrevista à imprensa na manhã desta segunda (28), ele alertou que a situação pode ficar mais complicada a partir da quarta-feira (30).

Já na Ceasa, o desabastecimento está cada vez mais evidente. Nesta segunda (28), algumas lojas não abriram as portas. Os preços dispararam e alguns produtos tiveram reajuste de 250% nesta última semana.

O Aeroporto Internacional Aluízio Alves continua operando normalmente. De acordo com a Inframérica, que administra o terminal, o aeroporto está abastecido e não há risco de cancelamento de voos. A PRF confirmou que está escoltando caminhões com querosene de aviação para os aeroportos de Natal, Fortaleza e João Pessoa.

A PRF registra atos de caminhoneiros em várias BRs que cruzam o estado. São elas:

BR-101

  • Parnamirim (km 105) – Com bloqueio parcial. Fica em frente ao Parque de Exposições Aristófanes Fernandes. Foi o primeiro ponto de interdição a ser formado, ainda na segunda (21). Na tarde desta segunda (28), a PRF negociou com os caminhoneiros que retiraram os caminhões da pista principal e deslocaram para o acostamento.
  • São José de Mipibu (km 125) – Com bloqueio parcial.
  • Touros (Km 06) – Com bloqueio parcial.

BR-110

  • Areia Branca (Km 35) – Com bloqueio parcial.

BR-226

  • Santa Cruz (Km 109) – Com bloqueio parcial.
  • Jucurutu (Km 241) – Com bloqueio parcial.

BR-304

  • Mossoró (Km 33) – Com bloqueio parcial. Desde a terça-feira, dia 22, caminhoneiros bloqueiam esse trecho, que liga Mossoró a Fortaleza, no Ceará. Só carros de passeio, motos e ambulâncias passam.
  • Assu (Km 106) – Com bloqueio parcial.

BR-405

  • Apodi (Kms 72 e 78) – Com bloqueios parciais.

BR-406

  • João Câmara (Km 100) – Com bloqueio parcial.

BR-427

  • Caicó (Km 104) – Com bloqueio parcial. Esse trecho liga Caicó a Serra Negra do Norte. Os caminhoneiros estão bloqueando caminhões, mas permitem a passagem de carros menores.

Rodovias estaduais

Algumas rodovias estaduais também têm paralisação. São elas:

  • RN-O16, em Assu.
  • RN-O86, em Parelhas.
  • RN-O15, em Baraúna.
  • RN-092, em Japi.

Fonte: G1RN

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