Jaécio Carlos*
Estamos no período das greves. Na minha opinião a Lei deveria ser alterada, atualizada, acrescentando que, durante a greve os participantes não receberiam salários. Quando a mesma terminasse, se for julgada procedente, o pessoal recebe seus vencimentos, senão, além de não receber nada, paga uma multa correspondente aos dias parados e a falta de produtividade. Com isso os grevistas pensariam duas vezes antes de decidir.
Alguém já viu greve de empresário? A maioria dos grevistas é composta de servidores públicos, funcionários de bancos oficiais. A iniciativa privada raramente sofre dessa doença. Se formos analisar bem, são os servidores que mais paralisam suas atividades, prejudicando o atendimento ao público, em quase todos os segmentos.
Só há uma saída: terceirizar todo mundo. Na terceirização a empresa vencedora tem que ter pessoal de reserva para uma eventual substituição. É o chamado “contingenciamento”. A greve dos bancários atrapalha os que precisam desses serviços. Ainda bem que a Internet diminui esses problemas, porém só é possível trabalhar com ações entre bancos. Os caixas eletrônicos não tem envelopes pra depósitos, o que já é um grande problema. Depósitos, nem pensar, somente transferências inter bancos. Os saques são limitados, por dia e quem precisa de dinheiro acima do limite, tem que esperar. Transtornos e constrangimentos são frequentes. E todo ano é assim. Já virou rotina. “Vamos conversar depois da greve, ok?”.
Mas a pior das greves é a dos médicos. Isso não deveria acontece, pois eles prestam serviços essenciais. Mas, o que fazer? Em meados de 1968 eu trabalhava na Johnson & Johnson e não vi médicos entrarem em greve. Hoje, virou moda. Qualquer coisinha, greve e o povo “paga o pato”, ou morre.
E as outras greves, de delegados, de policiais, de motoristas e cobradores de transporte coletivo, deixando o povo ir a pé pro trabalho… etc, etc..
São graves essas greves
Jaécio Carlos* – Publicitário e palestrante