Os guardas municipais de Natal trocaram os cadeados dos portões e portas de acesso ao prédio sede da Prefeitura de Natal, o Palácio Felipe Camarão localizado na Cidade Alta. Os grevistas ocuparam a sede do Executivo municipal por volta das 15h de ontem (1º) e o acesso de funcionários foi bloqueado a partir da manhã de hoje (2). A orientação do Sindicato da categoria é para vetar o acesso de qualquer pessoa que não seja devidamente autorizado. Sem o aviso sobre o que ocorreria hoje, os funcionários que chegaram à sede do Executivo para trabalhar não puderam entrar.
“É uma forma de controlarmos o acesso, tendo em vista que está ocupado o prédio e passa a ser de nossa responsabilidade. Assim evitamos qualquer depredação que possam ser atribuídas aos guardas”, disse Margareth Vieira, presidente do Sindicato. Apenas uma funcionária, responsável pelas guias de abastecimento dos veículos oficiais da Prefeitura e demais órgãos ligados ao Executivo, foi liberada para entrar no prédio.
O comando de greve quer manter entre 100 e 150 guardas durante o dia na ocupação do prédio e reduzir esse efetivo para 50 guardas no turno da noite. “Não vamos sair enquanto os direitos adquiridos não forem atendidos pelo prefeito”, afirma.
A greve ocorre desde o dia 11 de maio, por tempo indeterminado, e os guardas reivindicam a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração Próprio, direito já garantido na Lei Federal Nº 13.022/14 iniciarão um acampamento e greve de fome neste dia 08 de junho, a partir das 08h, em frente à prefeitura do Natal.
O sindicato negou a informação de que havia uma audiência de negociação marcada para a próxima terça-feira. Segundo Margareth Vieira, a categoria vem tentando negociar e chegaram a receber promessa de uma rodada de negociações, nas sequer teriam conseguido confirmação com a Procuradoria Geral do Municípios. “Tínhamos reuniões marcadas terça (30) e ontem (dia 1º), porém, a Prefeitura desmarcou o encontro sem apresentar motivos. Rebatemos essa informação da reunião marcada para a próxima semana. Isso é uma desculpa criada pelo Executivo após tomar conhecimento que ocupamos prédio.. Essa decisão deles é puramente política”, declarou ela.
A ocupação se restringe ao Palácio Felipe Camarão, e apenas o efetivo de 30% está mantido, como manda a Lei de Greve, segundo o Sindicato.