Uso prolongado de remédios, enjoo, cansaço, confusão mental, olhos e pele amarelados. Esse é o histórico que leva ao diagnóstico de hepatite medicamentosa, doença que chamou a atenção nesta semana em um paciente que tratou a Covid-19 com medicamentos ineficazes e acabou na fila do transplante de fígado. O Portal G1 ouviu o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, para explicar como se dá a evolução do fígado em casos assim.
Nesta matéria, você vai saber:
O caso de Campinas é de um homem de aproximadamente 50 anos. Após o diagnóstico, ele está em casa, na cidade de Indaiatuba (SP), e é acompanhado por médicos do HC. Sob recomendação médica, ele usou o “kit Covid”, que contém azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina, consideradas ineficazes pela comunidade científica.
“Em março do ano passado, a gente observou a cloroquina, depois a Annita [vermífugo], a ivermectina. Hoje tem dez medicamentos. Começou a haver um uso indiscriminado e contínuo de medicações, às vezes sozinhas ou acompanhadas, e não havia relatos desses casos antes”, completa.
O efeito tóxico no organismo a partir da ingestão de medicamentos em altas doses.
O quadro vai depender do medicamento ingerido, do tempo de exposição a ele, da condição de cada organismo e da idade do paciente.
A maioria dos medicamentos que consumimos é metabolizada, ou seja processada, no fígado; o paracetamol é um exemplo.
A ingestão de remédios pode levar a uma descompensação do fígado, uma mudança na forma de ele trabalhar que é prejudicial ao organismo.
Essa descompensação pode ser aguda, a forma mais grave.
Os sinais no corpo podem aparecer após 24 horas de ingestão dos medicamentos ou até 1 mês depois.
Podem ocorrer: cansaço, dor de cabeça, mal-estar, fadiga, febre, náusea, desmaio, vômito, confusão mental.
Com o passar do tempo, a pessoa pode começar a perceber olhos e pele amarelados, sinais de icterícia. Além disso, o paciente pode entrar em coma subitamente.
O médico colhe informações do histórico do paciente, sobre quadro de saúde e medicamentos ingeridos recentemente, por exemplo.
Com a informação sobre remédios ingeridos, o médico avalia a relação com os sintomas. Há substâncias que podem provocar uma reação específica e imediata num tipo de organismo e em outros não.
É feito um exame de sangue para verificar a quantidade de bile eliminada no sangue, a bilirrubina.
O diagnóstico completo depende da biópsia do fígado.
O fígado transforma o medicamento ingerido quando é processado, para que as substâncias que compõem a medicação sejam absorvidas pelo organismo.
Quando o fígado identifica uma sobrecarga de medicamento, o hepatócito, que é a célula-mãe do fígado, é destruído. São essas as células que formam e excretam a bile no organismo.
Com a produção de bile desregulada, o fígado fica descompensado e a bile vai em excesso para o sangue, gerando níveis até 40 vezes maiores do que o normal. Isso resulta no amarelado dos olhos e da pele.
O excesso de bile também pode ocasionar a doença colestase hepática, um entupimento dos canais que excretam a bile.
Quadro pode levar horas ou dias na fase aguda.
Também pode ocorrer um quadro crônico, com sintomas de coceira, icterícia, urina escura e dor na área hepática. Fadiga, cansaço, náusea e vômito também podem aparecer.
Depende do estágio da doença. Há casos de melhora no quadro quando é feita a suspensão imediata dos medicamentos. Há tratamento com medicação específica, mas resolve poucos casos.
Normalmente a indicação é de transplante de fígado para os casos de hepatite medicamentosa aguda. O fígado é um órgão vital, não sobrevivemos sem ele.
O quadro também pode afetar o funcionamento dos rins com a ocorrência da síndrome hepatorrenal.
Fonte: G1
DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,8010 DÓLAR TURISMO: R$ 6,0380 EURO: R$ 6,0380 LIBRA: R$ 7,2480 PESO…
A Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte divulgou nesta quinta-feira (21), a publicação…
O Natal em Natal 2024 começa oficialmente nesta sexta-feira (22) com o acendimento da árvore natalina de…
Você já ouviu que beber algum líquido enquanto come pode atrapalhar a digestão? Essa é…
O fim de semana em Natal tem opções diversas para quem deseja aproveitar. Alcione e Diogo Nogueira…
1- O potiguar Felipe Bezerra conquistou o bicampeonato mundial de jiu-jitsu em duas categorias, na…
This website uses cookies.