Os crescentes índices de violência no Rio Grande do Norte e as dificuldades estruturais e de efetivo enfrentadas pela Polícia Civil do estado foram debatidas durante audiência pública, na tarde de ontem na Assembleia Legislativa. Na ocasião, representantes da instituição apresentaram dados alarmantes do setor de segurança pública e solicitaram ao Governo do Estado que nomeie os concursados.
Segundo o deputado Fernando Mineiro (PT), propositor da audiência, os convocados recentemente estão apenas ocupando as vagas dos policiais aposentados e falecidos. Governo garante que, em 2013, irá convocar aqueles que passaram pela academia. O representante da Comissão dos Concursados da Polícia Civil, Carlos Alberto Gonçalves apresentou dados sobre a situação da criminalidade no Rio Grande do Norte e disse, com base em pesquisas, que nos últimos 10 anos, a taxa de homicídios triplicou no estado.
Segundo Carlos Alberto, dos 5.150 cargos para a Polícia Civil, criados por Lei, apenas 25% estão ocupados. Além disso, a atual estrutura da instituição é a mesma desde 1996. O representante da Associação dos Escrivães, Roberto Moura, trouxe informações de sua categoria e cobrou as autoridades providência práticas.
Outro aspecto preocupante, segundo Roberto Moura, é a questão de saúde desses profissionais. “A carga de trabalho é tão elevada que muitos colegas estão necessitando de tratamento de saúde. Não aguentam a carga e ainda têm a licença prêmio negada, porque não tem outra pessoa para substituí-lo. Os gestores precisam entender a necessidade e partir para ação.”, afirmou Roberto.