Hospital Giselda Trigueiro, em Natal — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Uma das principais unidades de referência para o atendimento de pacientes graves com Covid-19, em Natal, durante a pandemia, o Hospital Giselda Trigueiro não registra mortes pela doença há mais de duas semanas.

Na terça-feira (21), o hospital chegou à marca de 16 dias sem óbitos pela doença – o maior tempo registrado desde que o início da pandemia, segundo o diretor da unidade, o médico André Prudente.

Também pela primeira vez, o Rio Grande do Norte registrou um período de 72 horas – ou três dias – sem nenhuma nova morte pela doença, segundo a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).

“Hoje no Giselda Trigueiro a gente tem uma pessoa grave com covid, enquanto em épocas não muito remotas a gente tinha 35, com uma fila de mais de 100 esperando, fora os leitos de outros hospitais”, afirmou André Prudente.

Ele atribui a redução de casos principalmente ao processo de vacinação da população, ao qual atribui uma medida inversamente proporcional. “Quanto mais pessoas vacinadas, menos pessoas infectadas”.

O estado de 3,5 milhões de habitantes, conta com mais de 2 milhões de pessoas com pelo menos uma dose de vacina e mais de 1 milhão totalmente imunizadas.

Ainda de acordo com o médico, muita coisa mudou no tratamento dos pacientes, ao longo de mais de um ano e meio, principalmente por causa do conhecimento adquirido pelos profissionais de saúde sobre a doença e a evolução do paciente.

“No início da pandemia, para conseguir uma equipe para tratar um paciente com a Covid-19, era uma novela. Tinha que ser pessoas específicas, toda uma paramentação. Hoje o profissional de saúde atende o paciente como se fosse uma pessoa com gripe. As equipes de saúde se familiarizaram com a evolução desse paciente”, exemplificou.

“No caso do paciente mais grave, a gente sabe quando colocar o oxigênio, qual a medida adequada, quais os medicamentos tem que colocar no tempo certo. Também conseguimos ter uma noção melhor quando o paciente tem mais chance de ter uma piora, para internarmos logo”, ponderou.

O médico lembrou que mesmo a chegada da variante delta ao estado não impactou no número de casos, “porque a vacinação tem funcionado”, mas ressaltou a importância das pessoas manterem os cuidados de prevenção.

“A guerra parece estar mais leve, porque a gente está vencendo. Mas os cuidados devem ser mantidos, a gente precisa que as pessoas tomem a vacina, usem máscara, para vencer o vírus de uma vez”, declarou.

Atualmente, o Hospital Giselda Trigueiro é a unidade com maior número de leitos de UTI disponíveis para tratamento da Covid no Rio Grande do Norte, com 35 unidades. Na manhã desta quarta-feira (22), havia 15 em uso e 20 disponíveis.

Ao todo, a rede pública contava com 56 pessoas internadas em leitos de UTI e 59 em leitos clínicos.

Fonte: G1RN

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