O primeiro pregão de dezembro foi de instabilidade no mercado brasileiro de ações, apesar do ambiente de escassez de notícias. O Índice Bovespa alterou altas e baixas ao longo da sexta-feira, oscilando em um intervalo significativo, de 984 pontos. Ao final dos negócios, o índice teve alta de 0,41%, aos 72.264,45 pontos. No acumulado da semana, o índice recuou 2,55%. O volume de negócios somou R$ 7,8 bilhões.

Durante todo o dia, permaneceu no mercado o clima de ceticismo em relação às chances de o governo conseguir votar a Previdência neste ano. No entanto, os agentes ainda apostaram algumas de suas últimas fichas nos encontros que o presidente Michel Temer terá no final de semana para tentar convencer a base aliada a aprovar a reforma o quanto antes. O mais numeroso acontece no domingo, com ministros e parlamentares de nove legendas da base.

Entre os encontros, o mais citado foi o de Temer com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no qual os dois deverão discutir um “desembarque amigável” do PSDB da base do governo e o apoio da legenda à reforma da Previdência. Os dois devem se encontrar neste sábado. Ontem Alckmin afirmou que a reforma terá o apoio do PSDB, mas não disse quantos dos 43 deputados tucanos votarão com o governo.

A bolsa foi positivamente influenciada pelas commodities e pela recuperação de papéis específicos. Mas o mercado seguiu totalmente focado na questão da Previdência. Na análise por ações, um dos destaques de alta ficou com os papéis da Petrobras, que subiram 1,00% (ON) e 1,50% (PN). Eles refletiram principalmente a alta significativa dos preços do petróleo nos futuros de Londres e Nova Iorque. Com o minério e outros metais também valorizados, Vale ON subiu 0,97%. As ações do setor financeiro abandonaram as quedas e deram maior fôlego ao Ibovespa no final do dia. Entre elas, destaque para Banco do Brasil ON (+2,84%).

No pregão da última quarta-feira, o saldo dos investidores estrangeiros na bolsa ficou negativo em R$ 462,613 milhões. Naquele dia, o Ibovespa caiu 1,94%, em repercussão às declarações do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que havia acenado não haver mais espaço para concessões na proposta de reforma da Previdência. No acumulado de 2017, o fluxo de recursos estrangeiros está positivo em R$ 10,092 bilhões.

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