O primeiro pregão de setembro foi de otimismo no mercado brasileiro de ações, que refletiu uma conjunção de fatores positivos, nacionais e internacionais. Esses fatores conduziram ontem o Índice Bovespa ao patamar acima dos 72 mil pontos (máxima de 72.217), no qual não operava desde novembro de 2010. Ao final dos negócios, o índice teve uma leve desaceleração e fechou em alta de 1,54%, aos 71.923,11 pontos. O volume de negócios somou R$ 9,89 bilhões. A alta de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre (ante o primeiro) ficou acima da mediana das estimativas e animou analistas a elevarem suas expectativas para o crescimento da economia no ano.

Outro fator de relevante influência sobre os negócios foi o relatório de emprego nos Estados Unidos, que indicou abertura 156 mil postos de trabalho, ante estimativa de 179 mil novas vagas. O dado mais fraco sugeriu moderação na política de aperto monetário do Federal Reserve, o que preserva os fluxos para os mercados acionários de modo geral. A alta de hoje foi determinada pelas ações dos setores financeiro e de commodities. Grupo de maior peso na composição do Ibovespa, os bancos subiram em bloco, com destaque para Banco do Brasil ON (+3,88%), Itaú Unibanco PN e Bradesco PN, ambos com +2,08%. As ações da Petrobras subiram 4,51% (ON) e 2,71% (PN). As da Vale também se destacaram, contagiando positivamente os papéis do setor de siderurgia. Vale ON teve ganho de 1,68%. Usiminas PNA subiu 10,30% e foi a maior alta do Ibovespa, seguida por CSN ON (+6,67%) e Gerdau PN (+6,24%).

A expressiva alta das ações de commodities também esteve relacionada a outro fator externo. O resultado do índice de gerentes de compras (PMI) de indústria da China foi determinante para uma onda de altas de ações ligadas a commodities. O indicador subiu de 51,1 em julho para 51,6 em agosto, atingindo o maior patamar em seis meses. “A economia da China em crescimento é benefício para todos”, disse um especialista. Com o resultado de ontem, o Ibovespa contabilizou ganho de 1,20% na semana. As análises gráficas apontam manutenção da tendência de alta no curto prazo, com o indicador em direção aos 73.500 pontos, sua máxima histórica.

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