O mercado acionário brasileiro teve uma sexta-feira (2), de otimismo, refletindo a expectativa de manutenção da liquidez internacional abundante e de melhora das condições econômicas no Brasil. O Índice Bovespa já tinha iniciado o dia em alta e acelerou o ritmo gradativamente, renovando máximas até os últimos minutos de negociação. Ao final do dia, registrou alta de 2,37%, alcançando os 59.616,39 pontos, novo pico do ano e maior patamar desde 5 de setembro de 2014. O volume de negócios totalizou R$ 7,6 bilhões. Na semana, a Bolsa subiu 3,29%.
Desde cedo, o tom positivo foi determinado pelo resultado do payroll, relatório de empregos dos Estados Unidos, que indicou a criação de 151 mil vagas de trabalho em agosto. O dado ficou aquém dos 180 mil postos esperados, o que foi interpretado como sinal de que a economia norte-americana não está tão aquecida quanto se imaginava. Com isso, boa parte das apostas de elevação de juros nos EUA foram deslocadas de setembro para dezembro. Assim, o apetite do investidor por ativos de risco voltou a aumentar, sustentando as bolsas em todo o mundo, além dos preços das commodities.
Os ventos que sopraram favoravelmente do exterior ganharam fôlego maior no Brasil com uma melhora da percepção dos investidores com o cenário brasileiro. Foi bem recebido o anúncio de que Brasil e China assinarão cerca de dez contratos, que devem gerar pelo menos US$ 10 bilhões em novos investimentos no País. Entre os negócios, estão investimentos no setor elétrico, de siderurgia, logística e aeronáutica, além da venda de aviões. O governo brasileiro também anunciou que a “China Brazil Xinnenghuan International Investiment” deverá anunciar assinatura de contrato de serviços, da ordem de US$ 3 bilhões, para a construção de uma unidade siderúrgica no Maranhão. Deverão ser criados 5 mil empregos.