Uma poesia para fotografia potiguar por João Da Mata

A NATAL DE CANINDÉ SOARES

Não cante tua cidade, deixa- a em paz
Drummond

São cento e cinquenta retratos
De um caso de amor com
A Cidade de Natal
O Livro de Canindé

Cidade quatrocentão
Trago-te no coração
O fotógrafo nos revela
Uma Natal que não vemos
Vivendo na planície

O mar de Ponta com sua careca
Via costeira e parque das dunas
Que a lente de Canindé acaricia
E a cidade se revela inteira

Pipa Amostrada
Os cães da redinha
E pratos apetitosos
Igrejas e pouca fé
A ponte Newton Navarro

E o galo cantando
lá na torre de Toinho
Nos convida a um carinho
Na pedra do rosário
Onde Canindé mostra
O mais belo Pôr-do-Sol

Cidade outrora presépio
Foi assaltada de prédios
Pirulitada de falos
A vida sobe e eu calo

Natal for all
NATAL Uma Amante
Que também compartilho

João da Mata.

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