Um incêndio atingiu o Morro Careca por volta das 21h desta terça-feira (6). Os bombeiros foram acionados e o fogo foi controlado na manhã desta quarta, após mais de 10 horas de atuação dos militares.
O helicóptero Potiguar I, da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed), foi utilizado para buscar água no mar e jogar sobre os focos de incêndio. O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Luiz Monteiro, informou que o incêndio é considerado de média proporção, mas está sob controle.
As causas do incêndio ainda serão apuradas com o apoio do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep).
“Pra se chegar a algo conclusivo é preciso que se faça uma perícia no local e essa perícia será realizada logo que o combate for finalizado. Será feita uma força-tarefa do Itep e Corpo de Bombeiros para se chegar aonde iniciou o fogo, se foi criminoso ou não. Incêndio florestal, em 90% dos casos, acontece por uma ação humana”, disse o coronel Monteiro.
O diretor geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) Werner Farkatt disse que técnicos do órgão vão avaliar os danos ambientais causados.
“Estamos acompanhando desde ontem com muita angústia para avaliar quais ações serão tomadas. Neste primeiro momento as ações acontecem de forma integrada pelas forças de segurança. Somente após a área ser liberada e haver segurança para a equipe do Idema poder entrar no local e averiguar os verdadeiros danos ao ecossistema da área é que nós vamos ter uma resposta mais precisa do foi afetado de fauna e de flora”, disse.
Na manhã desta quarta os bombeiros utilizaram um drone para fazer a inspeção termal da área e identificar possíveis focos de incêndio que ainda perdurem.
Durante a noite e madrugada a Polícia Ambiental também atuou para tentar conter as chamas com o uso de uma bomba costal que carrega cerca de 20 litros de água. Além disso, foram utilizados abafadores, uma espécie de lona para tentar apagar o fogo.
Área de preservação ambiental
O Morro do Careca é o principal cartão postal de Natal, tem 120 metros que faz parte da Zona de Proteção Ambiental 6 (ZPA-6). Trata-se de um bem da União e área militar, e, por isso, tem seu acesso restrito e controlado pelo comando do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI).
Fonte: G1RN