Embora o crescimento do PIB em 1% seja uma notícia alentadora para a economia nacional no primeiro trimestre 2017, após 8 semestres sucessivos de perdas, ainda assim, diante do cenário de absoluta incerteza de nossa política a partir das delações dos irmãos da JBS, desestabilizando o Governo do Presidente Michel Temer, os economistas recomendam muita cautela, para não sairmos assegurando com convicção que conquistamos o fim da recessão que derrete a economia brasileira há 2 anos.
A maioria dos fatores macroeconômicos aponta nesta direção. De fato, começamos a visualizar possibilidades de crescimento, embora isso, se for confirmado, somente ocorrerá de forma lenta – como normalmente se desenvolve esse tipo de processo de transição – para o Brasil sair do atual quadro de recessão técnica e, encaminhar-se para o de retomada do crescimento econômico.
A melhoria no cenário da economia brasileira pavimenta a estrada para, quem sabe, fecharmos o ano com um PIB positivo, modesto na faixa de 0,5%. A inflação com quedas sucessivas, sinalizando que podemos alcançar desejável centro da meta, devendo ficar abaixo dos 3,9% ao ano e dólar estável em baixa – salvo na semana das denúncias – são ótimos sinais.
Igualmente, as últimas taxas de desemprego apontam que deixamos de destruir empregos, devendo ter melhorias intensas a partir do último trimestre, além das reduções sucessivas da Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia). O que significa que podemos ter taxa de um dígito no final do ano, na faixa de 8,25 a 8,75%, caso não haja nova deterioração no cenário político que estamos enfrentando.
Não podemos deixar de levar em consideração as incertezas que a crise política vem causando e os impactos relevantes, na velocidade e intensidade das reformas da Previdência e da Legislação Trabalhista – essas, caso sejam aprovadas, esperamos que sofram algumas alterações as quais minimizem os efeitos sobre a classe trabalhadora -.
Analisemos, ainda, que o PIB do primeiro trimestre de 1% foi impulsionado devido o desempenho positivo do agronegócio. Graças a safra, recorde de grãos (soja, milho, arroz e fumo), destacando-se, também, a soja, alavancando as exportações de commodities, que representam cerca de 70% do crescimento do primeiro trimestre.
Precisamos avaliar que, para termos sustentabilidade no crescimento do PIB, os demais segmentos devem apresentar alguma reação de aumento, porquanto o PIB do agronegócio responde somente a 5,4% do indicador nacional. E, não é todo trimestre, cujo crescimento vertiginoso de mais de 13,4%, é alcançado pelas locomotivas do agronegócio
Passada a safra recorde da soja, sendo ela boa parte exportada – o setor exportador teve representatividade na formação do PIB e no bom desempenho da balança comercial -, agora teremos a safra do milho, ao qual esperamos uma expressiva contribuição para o próximo semestre, embora não possamos garantir a mesma alavancagem em nosso índice em detrimento aos commodities que são sujeitos as variações do mercado internacional.
Em detrimento dos últimos acontecimentos políticos no país, incertezas foram geradas nos setores junto aos investidores, o que afeta os desdobramentos da nossa economia. No entanto, para os próximos semestres, esperamos que haja resoluções dessas pendências políticas a fim de retomarmos a oxigenação econômica e não mais voltemos a “UTI”.
Almejamos que a nossa jovem democracia sinalize soluções rápidas e razoáveis diante do quadro político.
Ricardo Valerio Costa Menezes – Presidente do Conselho Regional de Economia
DÓLAR COMERCIAL: R$ 6,0390 DÓLAR TURISMO: R$ 6,2820 EURO: R$ 6,2190 LIBRA: R$ 7,3620 PESO…
Os resultados preliminares das provas objetivas do concurso público dos Correios, para o cargo de carteiro,…
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu manter a apreensão do…
O Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 0,6% na atividade econômica em novembro na comparação…
1- O Manchester City assinou a renovação de contrato de Erling Haaland até junho…
Os impactos das fortes chuvas que atingem o litoral de Santa Catarina causaram a abertura de uma cratera na…
This website uses cookies.