O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,67% em agosto, após ter registrado alta de 0,40% em agosto, segundo divulgou nesta sexta-feira (29) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com o resultado, o IGP-M passou a acumular alta de 4,09% no ano e de 4,95% nos últimos 12 meses. Em julho, o índice acumulava alta de 4,79% no ano e de 6,39% nos últimos 12 meses.
O IGP-M é usado como referência para a correção de contratos, como os de aluguel de imóveis. Ele sofre uma influência considerável das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários, como as commodities e metais.
Em 2019, o IGP-M registra alta acima de outros índices de inflação. No acumulado no ano até agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acumula alta de 2,51%. Em 12 meses, a taxa é de 3,22%.
O país ainda carrega os efeitos da última recessão, entre 2015 e 2016, quando foram registrados oito trimestres consecutivos de recuo do PIB, com taxas de crescimento fracas nos anos seguintes.
Segundo a gerente de contas nacionais do IBGE, com a retomada lenta, a economia recuperou até o momento apenas 3,7% das perdas registradas durante a recessão até o 4º trimestre de 2016.
Em julho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 1,14% em agosto, após alta de 0,40% em julho. A taxa do grupo Bens Finais variou -0,48% em agosto, contra -0,09% no mês anterior. A principal contribuição partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 0,58% para -3,92%, no mesmo período.
A taxa de variação do grupo Bens Intermediários passou de -0,83% em julho para -0,72% em agosto. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -4,68% para -1,69%.
Já o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou de 2,34% em julho para -2,30% em agosto, com destaque para os seguintes itens: minério de ferro (11,34% para -7,47%), milho (em grão) (3,28% para -2,82%) e suínos (7,49% para -9,68%). Em sentido oposto, destacam-se os itens soja (em grão) (-1,36% para 1,80%), leite in natura (-6,91% para -0,43%) e aves (-2,24% para 3,23%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, subiu 0,23% em agosto, após alta de 0,16% em julho. A principal contribuição partiu do grupo Transportes, cujos custos passaram a subir 0,03% depois de queda de 0,60% antes.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,34% em agosto, ante 0,91% no mês anterior.
Fonte:G1
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