O setor da apicultura potiguar amarga  prejuízos devido a estiagem do clima. A produção de mel de abelha, que crescia em ritmo acelerado, despencou no último ano. A quebra na safra é estimada em 90%.  Com a seca, as colmeias foram esvaziadas, uma indústria de beneficiamento que funcionava no estado fechou as portas e não há previsão de o produto voltar à pauta de exportações este ano. Em contrapartida, o preço disparou. Segundo analistas e produtores,  a produção de mel do Rio Grande do Norte, que chegou a 1,1 milhão de quilos entre 2009 e 2010, poderá regredir em uma década e ficar no patamar dos 200 mil quilos – o mesmo volume colhido em 2002. O prejuízo ocorre porque como não chove, não tem flor para as abelhas se alimentarem e elas debandam ou morrem. Enquanto a meteorologia e os anseios de produtores não se alinham, a Afical –  agroindústria do Estado responsável por beneficiar e exportar 100% do mel que compra dos produtores – suspendeu as operações depois de 5 anos de atividade. Com capacidade de processar 10 mil toneladas de mel ao ano, foi desativada em março e não tem previsão de retomar as atividades. A Afical  é abastecida por produtores de todo o Nordeste. A produção potiguar representa 15% da capacidade instalada da indústria.

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