Tédio, ansiedade, solidão… muitas emoções provocadas pelo isolamento forçado podem fazer as pessoas procurarem alívios mais rápidos, como o alcool e o possível aumento do consumo, a ponto de caracterizar um vício, tem preocupado especialistas e organizações, a exemplo da Asociação Brasileira de Estudos do Alcool e outras Drogas (ABEAD).

De acordo com a psiquiatra Alessandra Dielh,  vice-presidente da ABEAD, o problema se agrava com a redução ou suspensão dos serviços de apoio a alcoolatras e dependentes químicos.

Além do isolamento ser um desafio para quem já tem problemas de adicção, também pode ser uma mola propulsora para quem tem tendências, mas ainda não tinha manifestado o problema. Para as mulheres, grupo mais propenso a desenvolver a dependência, e para os adolescentes, que ainda não tem todas as estruturas cerebrais completamente formadas e, por isso, são altamente vulneráveis aos efeitos nocivos da bebida.

A vice-presidente da associação lembra ainda que o alcoolismo também tem forte relação com outro problema social, já agravado pelo isolamento:  a violência doméstica. Um dos efeitos do alcool é o aumento da impulsividade e a menor ativação dos freios cerebrais que controlam ações impensadas. A própria Organização Mundial de Saúde assinalou em um comunicado aos governos, emitido há alguns dias, que a venda de bebidas alcoolicas deve ser restringida durante a quarentena, também por causa da sua associação com a violência.

Fonte: Agência Brasil

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