As passagens aéreas foram destaque de alta no IPCA-15, considerado uma prévia da inflação, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (25).
Já o leite longa vida, que já foi o “vilão” da inflação em meses anteriores, foi destaque de baixa no indicador de outubro.
Os combustíveis voltaram a registrar queda dentro do indicador, com destaque para o etanol, que caiu quase 10%, e a gasolina, com quase 6% de recuo.
De acordo com o IBGE, a redução nos preços dos combustíveis continuou impactando o IPCA-15 em outubro, mas em menor intensidade.
Depois de dois meses seguidos de deflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do país – ficou em 0,16% em outubro.
A alta do indicador, puxada pelo aumento nas tarifas de passagens aéreas e pelo reajuste nos preços dos planos de saúde, veio após dois meses seguidos de deflação. Pressionado pela queda nos preços dos combustíveis, o índice de agosto ficou em -0,73%, e o de setembro, em -0,37%.
Os planos de saúde ficaram em 94º lugar entre os 366 itens analisados pelo IBGE, com alta de 1,44% de setembro para outubro.
Alta na maioria dos grupos pesquisados
Somente três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para compor o indicador tiveram deflação em outubro – transportes, comunicação e artigos de residência. Dentre os seis grupos com alta, o que mais impactou o índice foi o de saúde e cuidados pessoais.
Veja a prévia da inflação de outubro para cada um dos grupos pesquisados:
- Artigos de residência: -0,35%
- Comunicação: -0,42%
- Transportes: -0,64%
- Educação: 0,19%
- Alimentação e bebidas: 0,21%
- Habitação: 0,28%
- Despesas pessoais: 0,57%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,80%
- Vestuário: 1,43%
Acumulado de 12 meses
Já no acumulado de 12 meses, o IPCA-15 teve variação de 6,85%, mostrando trajetória de queda, porém, ainda acima do teto da meta estabelecida pelo governo para este ano.
Os destaques de alta ficaram com passagem aérea e óleo diesel. Já pelo lado da baixa, o etanol, a gasolina e a energia elétrica foram os itens que mais pesaram no indicador no acumulado de 12 meses até outubro.
Fonte: G1